CILVET

QUEM TRABALHA MERECE MAIS RESPEITO!

As políticas de direita que têm sido aplicadas por sucessivos governos afectam a o país a e generalidade dos portugueses levando-os a um rápido empobrecimento. São políticas que atingem com particular gravidade os Distritos com menores recursos, como é o caso de Castelo Branco. É por isso que o PCP olha com muita preocupação para a delicada situação que estão a viver as trabalhadoras da empresa Cilvet sediada em Castelo Branco onde trabalham quase 200 trabalhadores dos quais 34 são postos de trabalho em Belmonte.

A história é infelizmente igual a tantas outras: Antes do previsto período de férias ouviram-se alguns boatos de que o futuro da empresa estaria comprometido, situação que a gerência se apressou a negar. Todavia, após o regresso de uma semana de pausa, os trabalhadores depararam-se com as portas da empresa fechadas, sem que nenhum responsável tivesse a hombridade de justificar o que se passava.

Porque temos consciência da importância e do valor económico e social que esta empresa representa para a região e principalmente para as pessoas que aí ganhavam o sustento, o PCP fará tudo o que estiver ao seu alcance para ajudar a salvar estes postos de trabalho. Brevemente o PCP colocará esta questão na Assembleia da República e, a seu tempo, dará nota pública.

Mas é necessário o envolvimento de outros. O PCP saúda as trabalhadoras que, sob a pronta intervenção do Sindicato Têxtil da Beira Baixa, reagiram, estão a lutar e não se curvam perante as dificuldades. Mas… esta complexa situação não pode passar ao lado dos órgãos autárquicos. Tendo em conta a importância da empresa, nomeadamente para o Concelho de Belmonte, a autarquia não se pode demitir das suas responsabilidades (a delicadeza e complexidade do momento que os trabalhadores e as suas famílias atravessam precisam de muita ajuda e amparo para poder ser ultrapassado com êxito). Muito menos são admissíveis situações como a que foi protagonizada pelo Presidente da Câmara Municipal de Belmonte, quando um grupo de trabalhadoras lhe solicitou a cedência de um meio de transporte para se poderem deslocar a Castelo Branco, à da sede da empresa, para aí, junto dos seus colegas, se inteirarem da real situação e do futuro da empresa… A resposta que receberam foi um frio Não e uma atitude de total insensibilidade perante o drama que está a ser vivido por estes trabalhadores.

Assim, mais uma vez reafirmamos: as autarquias não podem voltar costas a este tipo de problemas e têm a obrigação de utilizar todos os recursos de que dispõem, nomeadamente, reclamar do poder central as medidas necessárias e urgentes para defender o aparelho produtivo e os postos de trabalho.

Pela parte do PCP reafirmamos a nossa solidariedade para com as trabalhadoras da Cilvet e para com a sua luta e reafirmamos o nosso empenho em tudo fazer para exigir a defesa dos seus direitos.

A LUTA É O CAMINHO! É TEMPO DE DIZER BASTA!