As portas que Abril abriu têm tido na luta a sua principal defesa e nas políticas de direita o seu maior ataque

Comemora-se este mês o 35º Aniversário da Revolução dos Cravos, o 25 de Abril de 74. Muitas foram as conquistas para o povo, para os trabalhadores, após intensa e determinada luta de muitas gerações que permitiram derrubar o regime fascista que há 48 anos oprimia e condenava o povo ao analfabetismo, à falta de cuidados de saúde, ao trabalho sem direitos e de sol a sol, à fome, à miséria, à prisão e à tortura, à falta de liberdade e de democracia.

O PCP nunca abandonou a luta e sempre resistiu com homens, mulheres e jovens que sempre lutaram ao lado do povo e dos trabalhadores pelo fim do fascismo e pela conquista da liberdade e da democracia alcançadas com o 25 de Abril de 74.

 

Hoje, passados 35 anos da Revolução são inúmeros e graves os retrocessos impostos pelos sucessivos Governos do PS, PSD e CDS. Têm sido atacados os direitos dos trabalhadores e das populações. Exemplos bem claros são as alterações ao código ao trabalho, a destruição de serviços públicos como a saúde e a educação, a privatização de sectores estratégicos, como a energia e a banca, a limitação a liberdades e o ataque à democracia, todos exemplos no sentido inverso das conquistas de Abril.

No nosso Distrito sentem-se bem os efeitos e consequências destas políticas, com o aumento da desertificação, do desemprego, dos baixos salários, pensões e reformas, dos salários em atraso, dos vínculos precários, o encerramento de serviços, entre muitos outros.

O PCP no Distrito sempre tem denunciado todos estes ataques, e sempre tem agido para resolver os problemas concretos dos trabalhadores e das populações, assim como tem intervindo na Assembleia da República, nas Autarquias e no Parlamento Europeu com perguntas e propostas de resolução como são exemplos recentes as intervenções sobre o problema da Vesticon, Gil e Almeida, Carveste, antiga Massito e Hermar que com rigor, seriedade e conhecimento real da situação tomou iniciativa parlamentar, assim como a tomada de posição e acompanhamento a outros sectores e empresas como são exemplo a Celtejo e a Delphi.

A organização do PCP no Distrito continuará ao lado dos trabalhadores e das populações do Distrito e solidariza-se e saúda a luta dos trabalhadores das confecções com salários em atraso que se manifestaram no passado dia 15 de Abril, com a dos trabalhadores da Mina da Panasqueira e com todos aqueles que lutam por melhores condições de trabalho, contra a precariedade, pelo aumento salarial, contra irregularidades laborais e tantos outros ataques a que estão sujeitos.

A unidade e a luta têm sido as melhores armas de defesa de todos os atingidos pelas sucessivas políticas do PS, PSD e CDS. Têm sido as melhores armas para defender Abril.

As conquistas de Abril precisam de ser cumpridas. De novo Abril!

O Executivo da DORCB do PCP, apela ainda a todos os trabalhadores e populações do Distrito a participarem nas iniciativas do 1º de Maio, momento de afirmação e de luta.