É urgente mudar de rumo

É evidente para todos, tal como concluímos nos dois trabalhos anteriores, a crise do sistema capitalista está a agravar-se a cada dia que passa. O turbulento caudal de acontecimentos causado pela previsível e inevitável crise do capitalismo não pára de aumentar, pelo contrário, o seu curso vai engrossando á medida que vão desaguando um sem número de situações de tal modo contaminadas pela ganância e opulência dos poderosos que, dificilmente, o mundo voltará a ser o mesmo. Os que exercem criminosas actividades na economia e não só, ao mesmo tempo que colocam e comandam os seus títeres nos governos, fazendo da democracia apenas, um simulacro, falam agora, em desespero de causa, em dar um “rosto humano” ao capitalismo, como se fosse possível humanizar um sistema que é profundamente desumano.
Lembramos o tema, porque o mundo vai ser diferente para todos, pessoas e instituições e, muita coisa vai mudar. O mundo não voltará a ser o mesmo. Lembramos, porque está visto que não se podem praticar os mesmos desmandos que, um pouco por todo o lado acontecem e muito menos, com a impunidade que se conhece.
A defesa da democracia não pode permitir que o dinheiro dos munícipes seja esbanjado do modo como todos vemos, manifestando um novo-riquismo ofensivo e nada de condizente com as enormes dificuldades da maior parte da população, com algumas obras absolutamente desnecessárias e mal planeadas, como se verificou e verifica até à saciedade, desrespeitadoras dos mais elementares direitos dos cidadãos, com evidência para a segurança, que foi ignorada de forma lamentável e perigosa para munícipes e trabalhadores, como o provam os inúmeros acidentes ocorridos.
São também factores de grande preocupação e indignação, a forma improvisada como se “tentaram” emendar erros de projecto e de planeamento, o faz e desfaz e volta a fazer, o abre e fecha e volta a abrir, o põe e tira e volta a pôr, o “buraco” milionário para o lixo, que levou mais de duas semanas a abrir, que obrigou à contratação de duas grandes máquinas que custaram os “olhos da cara”. E, já se fala de novas emendas em zonas dadas como acabadas e que apresentam erros de diversa ordem.
Nas zonas, ditas acabadas, estranha-se a falta de sinalética viária ao mesmo tempo que se critica o desprezo a que foi votado o cidadão pedonal, desviando-o das habituais e naturais linhas de atravessamento, obrigando-o a anacrónicos e longos percursos. Há queixas permanentes sobre a falta de equipamentos que habitualmente ao longo de anos, alguns cidadãos utilizavam para descansar. Um exemplo: Praça Rainha D. Leonor.
Na espuma dos dias que correm, mesmo o mais distraído e apático cidadão, munícipe, mas sempre contribuinte, acaba por questionar certos comportamentos despesistas de quem gere os dinheiros que ele e outros cidadãos como ele, sacrificadamente, pagam.
E ao questionar de onde vem o dinheiro que justifique tão estranho esbanjamento, acaba por saber que só uma parte vem da UE, (não para todas as obras) como fica a saber que a grande fatia vem da cedência da concessão da água em “alta” à empresa “Águas do Centro”, por cerca de 40 anos, mas a receber em sete anos, assim como não deixa de se indignar por saber que mesmo depois de o próprio governo admitir que os valores de aplicação do IMI, (contribuição autárquica) são exagerados, propondo-se até alterá-los para valores mais baixos, o Município insiste em aplicar os valores anteriores, os mais altos do distrito. Obviamente, qualquer de nós questiona tal comportamento.
E, como conversa puxa conversa, o cidadão acaba por saber que o Município se propõe adquirir terrenos, (necessários à gestão urbana da cidade) por valores significativamente exagerados, baseados em critérios estranhos, que isolando e inflacionando as áreas, não terão em conta os condicionalismos legais a que estão sujeitos, nem obedecerão aos critérios de avaliação, cujos requisitos parecem não ser respeitados. Se juntarmos a tudo isto, a habitual pressa que é colocada na decisão sobre matérias complexas que antes, exigiram tempo para estudar, analisar e concluir, tempo que devia ser dado a todos os decisores para proporcionar as condições mínimas para decidir com responsabilidade e seriedade. Exemplos do que não se deve fazer não faltam e com consequências graves, o que vem reforçar as dúvidas do cidadão e aumentar a sua indignação.
Vivemos tempos difíceis. As causas estão à vista, mesmo com a poeira que anda no ar.
O individualismo, a incúria, a ganância, o desprezo pelos mais elementares direitos humanos, o desrespeito das regras da democracia que se deseja participada, conduziram à situação actual. As consequências são desastrosas e trágicas!
Os tempos exigem uma mudança de rumo. Um mundo melhor e mais justo, é possível.
Carlos Vale - Membro da DORCB do PCP

É evidente para todos, tal como concluímos nos dois trabalhos anteriores, a crise do sistema capitalista está a agravar-se a cada dia que passa. O turbulento caudal de acontecimentos causado pela previsível e inevitável crise do capitalismo não pára de aumentar, pelo contrário, o seu curso vai engrossando á medida que vão desaguando um sem número de situações de tal modo contaminadas pela ganância e opulência dos poderosos que, dificilmente, o mundo voltará a ser o mesmo. Os que exercem criminosas actividades na economia e não só, ao mesmo tempo que colocam e comandam os seus títeres nos governos, fazendo da democracia apenas, um simulacro, falam agora, em desespero de causa, em dar um “rosto humano” ao capitalismo, como se fosse possível humanizar um sistema que é profundamente desumano.  

Lembramos o tema, porque o mundo vai ser diferente para todos, pessoas e instituições e, muita coisa vai mudar. O mundo não voltará a ser o mesmo. Lembramos, porque está visto que não se podem praticar os mesmos desmandos que, um pouco por todo o lado acontecem e muito menos, com a impunidade que se conhece. 

A defesa da democracia não pode permitir que o dinheiro dos munícipes seja esbanjado do modo como todos vemos, manifestando um novo-riquismo ofensivo e nada de condizente com as enormes dificuldades da maior parte da população, com algumas obras absolutamente desnecessárias e mal planeadas, como se verificou e verifica até à saciedade, desrespeitadoras dos mais elementares direitos dos cidadãos, com evidência para a segurança, que foi ignorada de forma lamentável e perigosa para munícipes e trabalhadores, como o provam os inúmeros acidentes ocorridos.

São também factores de grande preocupação e indignação, a forma improvisada como se “tentaram” emendar erros de projecto e de planeamento, o faz e desfaz e volta a fazer, o abre e fecha e volta a abrir, o põe e tira e volta a pôr, o “buraco” milionário para o lixo, que levou mais de duas semanas a abrir, que obrigou à contratação de duas grandes máquinas que custaram os “olhos da cara”. E, já se fala de novas emendas em zonas dadas como acabadas e que apresentam erros de diversa ordem.

Nas zonas, ditas acabadas, estranha-se a falta de sinalética viária ao mesmo tempo que se critica o desprezo a que foi votado o cidadão pedonal, desviando-o das habituais e naturais linhas de atravessamento, obrigando-o a anacrónicos e longos percursos. Há queixas permanentes sobre a falta de equipamentos que habitualmente ao longo de anos, alguns cidadãos utilizavam para descansar. Um exemplo: Praça Rainha D. Leonor.

Na espuma dos dias que correm, mesmo o mais distraído e apático cidadão, munícipe, mas sempre contribuinte, acaba por questionar certos comportamentos despesistas de quem gere os dinheiros que ele e outros cidadãos como ele, sacrificadamente, pagam. 

E ao questionar de onde vem o dinheiro que justifique tão estranho esbanjamento, acaba por saber que só uma parte vem da UE, (não para todas as obras) como fica a saber que a grande fatia vem da cedência da concessão da água em “alta” à empresa “Águas do Centro”, por cerca de 40 anos, mas a receber em sete anos, assim como não deixa de se indignar por saber que mesmo depois de o próprio governo admitir que os valores de aplicação do IMI, (contribuição autárquica) são exagerados, propondo-se até alterá-los para valores mais baixos, o Município insiste em aplicar os valores anteriores, os mais altos do distrito. Obviamente, qualquer de nós questiona tal comportamento.

E, como conversa puxa conversa, o cidadão acaba por saber que o Município se propõe adquirir terrenos, (necessários à gestão urbana da cidade) por valores significativamente exagerados, baseados em critérios estranhos, que isolando e inflacionando as áreas, não terão em conta os condicionalismos legais a que estão sujeitos, nem obedecerão aos critérios de avaliação, cujos requisitos parecem não ser respeitados. Se juntarmos a tudo isto, a habitual pressa que é colocada na decisão sobre matérias complexas que antes, exigiram tempo para estudar, analisar e concluir, tempo que devia ser dado a todos os decisores para proporcionar as condições mínimas para decidir com responsabilidade e seriedade. Exemplos do que não se deve fazer não faltam e com consequências graves, o que vem reforçar as dúvidas do cidadão e aumentar a sua indignação. 
Vivemos tempos difíceis. As causas estão à vista, mesmo com a poeira que anda no ar.

O individualismo, a incúria, a ganância, o desprezo pelos mais elementares direitos humanos, o desrespeito das regras da democracia que se deseja participada, conduziram à situação actual. As consequências são desastrosas e trágicas!

Os tempos exigem uma mudança de rumo. Um mundo melhor e mais justo, é possível.

Carlos Vale - Membro da DORCB do PCP