Agricultura e o Mundo Rural

Na região da Cova da Beira, por exemplo, as câmaras Municipais não respeitam os PDM´s e violam frequentemente as reservas agrícolas e ecológicas, Permitindo que os “patos bravos” da construção civil construam em terrenos de excelente aptidão agrícola e florestal.
As cidades expandem-se em detrimento da desertificação e degradação das zonas históricas e das aldeias rurais. Há uma sobrevalorização do preço dos terrenos agrícolas, sendo cada vez mais difícil um agricultor comprar ou arrendar terras para produção agrícola.

 

Camaradas e amigos:
O projecto de regadio da Cova da Beira que existe desde 1947 e tem como objectivo a rega de 17.000 Há., continua a andar a passo de caracol. Está apenas a ser regado o bloco da Meimoa, ou seja 3.000Ha. Com o andar da carruagem, quando o Regadio da Cova da Beira for concluído servirá apenas para regar jardins e encher piscinas, porque quando for concluído poderá já não haver agricultores.
O programa LEADER tem servido para as que as câmaras Municipais criem “elefantes brancos” como por exemplo o mercado rural da Covilhã, que mais não serviu que para ser inaugurado com pompa e circunstância em período de campanha eleitoral. Agora já se fala, que é preciso dinheiro público para o destruir.
O programa LEADER serviu também para financiar a construção de piscinas fluviais e parques de campismos junto aos rios poluídos e bastante mal cheirosos.

Camaradas e amigos
O PCP defende uma nova política para a agricultura, a floresta e o mundo rural.
Para o desenvolvimento da agricultura defendemos que os agricultores devem ser apoiados pela produção.
Aos agricultores deve ser assegurado o escoamento dos  seus produtos  a preços compensatórios. Em Portugal, a grande maioria dos apoios vai para um pequeno número de grandes agricultores.
Há agricultores em Portugal, que sozinhos, e sem nada produzirem, recebem mais dinheiro público, que todos os agricultores juntos do maior concelho da Serra da Estrela.
É preciso uma política mais justa na distribuição dos apoios públicos para o sector agrícola e florestal.

É necessário uma política que:
- Garanta a gratuitamente da sanidade animal. Esta é uma questão de saúde pública e de racionalidade que o estado tem obrigação de assegurar
 Urgentemente reedifique a rede nacional de abate, destruída pelo Governo de Cavaco Silva, com a criação de modernos matadouros concelhios.
- Defina quotas regionais de produção de leite de vaca
- Reactive e apoie os mercados tradicionais permitindo a comercialização directa dos produtos agro-pecuários
- Apoie técnica e financeiramente os lagares tradicionais de azeite modernizando-os para poderem cumprir as regras agro-ambientais
- Financie os factores de produção, nomeadamente a electricidade, gasóleo, adubos e rações. Muitos deste Factores de produção são mais baratos em Espanha.
- Apoie fortemente todo movimento associativo agro-pecuário e florestal. Liquidação urgente das avultadas dívidas do Estado ás organizações da lavoura. 
- Proceda à reflorestação as áreas ardidas (respeitando sempre o direito á propriedade privada). Financiando a 100% dos custo com pessoal das equipas de sapadores florestais
- Apoie e respeite a gestão democrática dos baldios, dotando-os de pessoal e equipamento de prevenção e 1ª intervenção no combate aos incêndios florestais.
- Respeite as reservar agrícolas e ecológicas
- Defenda a manutenção dos equipamentos sociais existentes no mundo Rural, tais como; escolas, correios, postos da GNR, bem como criar novos e modernos equipamentos sociais para uma melhor resposta ás necessidades das populações. Defendemos ainda, apoio técnico aos agricultores. O PCP é contra o encerramento das zonas agrárias e demais serviços do ministério da Agricultura.
 O PCP ao longo dos anos sempre esteve ao lado dos agricultores. Na Assembleia da República, no Parlamento Europeu, contra ventos e marés, os eleitos comunistas sempre defenderam os pastores e os pequenos e médios agricultores.
É importante que, em todas as eleições, os agricultores paguem a dívida ao PCP dando-lhe o seu o voto. Só com um PCP mais forte é possível travar estas políticas contrárias aos interesses das populações serranas. 
Viva o PCP