São cada vez mais frequentes as notícias de dificuldades de funcionamento dos serviços no Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira, mais recentemente na urgência e no serviço de obstetrícia, invariavelmente relacionados com a falta de pessoal.
É PRECISO VALORIZAR OS TRABALHADORES DO SNS
O PCP tem vindo a defender que só valorizando os trabalhadores do Serviço Nacional de Saúde (SNS), as suas carreiras e remunerações, incentivando a dedicação exclusiva e a fixação em zonas carenciadas é possível responder aos problemas que temos vindo a assistir.
A DEGRADAÇÃO DO SNS CAMINHA COM MAIS FINANCIAMENTO PARA PRIVADOS
O desinvestimento no SNS tem sido acompanhado por mais e mais transferências para os grupos privados do negócio da doença. Mais de 40% do orçamento de Estado dedicado à Saúde é transferido para os privados, que aumentam investimentos com a predação de fundos públicos.
Não podemos desligar das opções de desinvestimento no SNS dos anúncios de mais e mais unidades hospitalares privadas, como foi anunciado recentemente na Covilhã, ou da construção de uma unidade de cuidados continuados por uma multinacional do sector, também na Covilhã. Para além de aproveitarem as transferências para aumentar os investimentos, os grupos privados têm aproveitado as más condições laborais e salariais dos trabalhadores do SNS para os atrair para as suas unidades.
É preciso romper com o financiamento público dos grupos privados, com as Parcerias Público-Privadas e com os interesses do negócio. Só assim é possível salvar o SNS.
A COLABORAÇÃO ENTRE UNIDADES DE SAÚDE NÃO PODE SIGNIFICAR PERDA DE CAPACIDADE
O PCP tem sempre alertado de que a necessidade de colaboração entre os três hospitais da Beira Interior, não deve ser confundida com a necessidade de “Centro Hospitalar da Beira Interior”. A formação de outros Centros Hospitalares mostrou-se ineficaz e resultou em perda de capacidade e de valências, em desestruturação de equipas e sobrecarga e em degradação de serviços e favorecimento do negócio da doença.
O PCP APRESENTOU MEDIDAS PARA O SNS – PS VOTOU CONTRA
Na discussão do Orçamento de Estado para 2022 o PCP propôs várias medidas para o reforço do SNS. (Todas contaram com o voto contra do PS)
- Regime de dedicação exclusiva ao SNS;
- Eliminação das taxas moderadoras no SNS;
- Reforço das Unidades de Saúde Pública
- Reforço de meios do INEM;
- Reforço da Saúde Oral nos Cuidados de Saúde Primários
- Contratação de 100 trabalhadores para as Unidades de Intervenção Local nos comportamentos Aditivos e Dependência;
- Reforço da resposta em cuidados paliativos no SNS;
- Internalização de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica;
- Reforço da resposta pública em Cuidados Continuados Integrados;
- Substituição de Equipamentos Médicos Pesados e Modernização e Inovação Tecnológica nos Estabelecimentos Hospitalares
- Contratação de optometristas para os Cuidados de Saúde Primários
O REFORÇO DO SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE
É A ÚNICA GARANTIA DE ACESSO UNIVERSAL À SAÚDE
Só com o SNS é possível garantir o acesso universal de toda a população e em todo o território aos cuidados de saúde, incluindo todas as valências e especialidades, independentemente da sua condição económica ou social, e uma política de prevenção da doença e promoção da saúde e não apenas de tratamento da doença, garantido uma melhor qualidade de vida.
As populações podem contar com o PCP na defesa intransigente do SNS, Público, Universal, Geral e Gratuito.
O Executivo da DORCB do PCP