De 11 a 13 de Outubro decorreram as jornadas dos deputados do Parlamento Europeu no distrito de Castelo Branco. As jornadas privilegiaram o contacto directo com trabalhadores e populações e a presença em espaços públicos, procurando dar visibilidade a problemas e lutas dos trabalhadores e das populações.
Num distrito marcado por uma interioridade forçada, agravada pela crescente escassez de respostas locais dos serviços públicos, de saúde, educação, transportes, os deputados do PCP contactaram com milhares de trabalhadores de dezenas de empresas do distrito e confirmaram que a generalização dos baixos salários empurra muitos trabalhadores a complementar os seus rendimentos com outros trabalhos, entre outros, nos sectores da agricultura ou do turismo. Nos contactos com os trabalhadores. ficou clara a necessidade de aumentar os salários e as pensões, de controlar os preços dos bens essenciais, de proteger o direito à habitação, assim como combater a precariedade e a desregulação laboral.
Os deputados contactaram com profissionais e utentes da saúde em Castelo Branco, Covilhã, Fundão, Idanha-a-Nova e Vila de Rei confirmando a necessidade de valorizar as carreiras e salários dos seus profissionais e investir no SNS para continuar a responder às necessidades das populações.
Na Sessão Pública "Transportes públicos e mobilidade", defenderam a gestão pública como forma de combater as privatizações e liberalizações impostas pela UE, a necessidade de prosseguir a redução do preço dos passes sociais e alargamento desta realidade a todo o território nacional, assim como a expanção da rede.
Na Sessão Pública no Casal da Serra, Tortosendo, João Pimenta Lopes ouviu a população quanto aos problemas com que se defrontam e afirmou que é preciso mobilizar dinheiro para resolver os seus problemas.
Na Sessão Pública, na Avenida 1º de Maio, em Castelo Branco, assinalou-se a urgência de medidas como o aumento geral de salários em 15% e um mínimo de 150€, assim como o aumento do SMN para 910€, a fixação de preços de bens e serviço essenciais e a urgência de mobilizar os lucros da banca para pagar o aumento das taxas de juro.
Na Zona do Pinhal as delegações do PCP denunciaram os problemas decorrentes das privatizações e liberalização no sector das telecomunicações que isolaram populações de vastas áreas sem acesso a rede de telemóvel, a Internet e a televisão, potenciando desigualdades e insegurança, assim como o favorecimento do negócio das Parcerias Público privado rodoviárias, que impõe portagens injustas e limitadoras do desenvolvimento regional.
Acompanhada por elementos da JCP, Sandra Pereira, contactou com estudantes e trabalhadores da UBI, onde ficou claro que é decisivo que as bolsas de estudo correspondam às verdadeiras necessidades dos estudantes, que são urgentes soluções de alojamento, assim como é preciso revogar as propinas e Investir em residências universitárias para cumprir o direito à educação.
Nas visitas a unidades de Bombeiros do distrito o PCP reafirmou que a profissionalização dos Bombeiros não pode continuar a significar precariedade, ausência de direitos e baixos salários., sendo que o voluntariado deve ser incentivado, reconhecido e apoiado.
As visitas também demonstraram que Castelo Branco é um distrito com imensas potencialidades de desenvolvimento que poderia contrariar estas condições que estão longe de ser inevitáveis. Desde logo, promovendo a produção nacional, valorizando a pequena agricultura e os rendimentos dos produtores; apostando na transformação das matérias primas exploradas na região, contribuindo para o seu desenvolvimento; revertendo políticas de desmantelamento dos serviços públicos, reforçando-os.
Sob o lema, “contigo todos os dias! A tua voz no parlamento europeu!” os deputados do PCP divulgaram também toda a actividade por eles desenvolvida no distrito de Castelo Branco e todas as iniciativas que tomaram no Parlamento Europeu acerca do distrito.