O PCP, conforme anunciado anteriormente, apresentou o projecto de resolução na Assembleia da República, na defesa da manutenção Hospital do Fundão sob a gestão pública, tendo sido votado no passado dia 27 de Março.
O PCP lamenta o facto dos projectos discutidos terem sido chumbados e do projecto de resolução do PCP ter sido rejeitado com os votos contra do PSD e CDS e a abstenção do PS.
O caminho que tem sido seguido pelo Governo PSD/CDS é o de desmantelamento dos serviços públicos, entrega aos privados e transformação de direitos em negócios. O PCP condena este chumbo pela maioria e não deixa de lamentar a abstenção do PS neste projecto de resolução que defendia a manutenção da gestão pública do Hospital do Fundão.
O projecto de resolução que o PCP apresentou, foi construído após um levantamento de preocupações, considerações, opiniões várias recolhidas quer no conjunto de encontros, reuniões e acompanhamento que o PCP e o seu Grupo Parlamentar teve ao longo deste período, mas também pela votação unânime na Assembleia Municipal do Fundão contra esta passagem e pelo alargado debate realizado no fundão, promovido pela USCB e onde o GP do PCP participou, que contou com participação de vários agentes, onde autarcas, centro hospitalar, populações, trabalhadores e seus representantes se manifestaram com profundas preocupações e manifestações de desacordo perante a proposta da passagem da gestão do Hospital do Fundão para a misericórdia, ou seja a sua privatização.
O projecto apresentado tinha como parte resolutiva as seguintes questões:
1. Manter a gestão do Hospital do Fundão na esfera pública, revogando o acordo estabelecido com a União das Misericórdias Portuguesas;
2. Reforçar os serviços e valências do Hospital do Fundão, nomeadamente com a criação de uma unidade de cuidados continuados, o reforço da área de ambulatório, a disponibilização de mais especialidades nas consultas externas, o reforço dos meios complementares de diagnóstico e terapêutica, o reforço da medicina física e de reabilitação e a criação do serviço de medicina nuclear;
3. Reabrir o Serviço de Urgência no Hospital do Fundão;
4. Dotar o Hospital do Fundão dos profissionais de saúde necessários e proceda à integração de todos em contratos de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado pondo fim às desigualdades que hoje existem entre trabalhadores com contratos de trabalho em funções públicas e trabalhadores com contratos individuais de trabalho.
O PCP rejeita este caminho e tudo continuará a fazer para a denúncia deste caminho e apela às populações, aos profissionais que continuem a luta contra esta linha privatizadora, na defesa da gestão pública do Hospital do Fundão