O PCP esteve junto à população de Malpica do Tejo. Paula Santos, Deputada do PCP na Assembleia da República, solidarizou-se mais uma vez com a população, apelou à continuação da luta contra o impedimento da utilização de caminhos pelas populações de ambos os lados da fronteira. O PCP reafirmou assim que vai continuar a intervir contra este abuso por parte do proprietário, contrário ao interesse público. O PCP já interveio sobre a situação e entende que o Governo não pode permitir que esta situação continue e tem de intervir para restituir o acesso das populações a estes dois caminhos.
O PCP tem vindo a alertar que o conjunto de condicionalismos às atividades tradicionais, nas áreas protegidas, acabam por funcionar como mecanismo que reserva importantes áreas naturais para apropriação por parte de interesses privados. Esta lógica de afastamento das pessoas do usufruto da natureza, conduz a que as áreas protegidas tenham cada vez menos a função de promoção do equilíbrio entre a atividade humana e o ecossistema. Tem sido evidente a falta de preocupação de trazer vantagens para as populações e para as atividades populares e tradicionais. A fruição da Natureza, incluindo a dos seus recursos na medida das necessidades humanas constitui, na perspetiva do PCP, um direito das populações, é fundamental lutar pela democratização do acesso e usufruto da natureza, combatendo a mercantilização do ambiente e a sua instrumentalização pelos interesses privados.