Na Assembleia Municipal do passado dia 25 de Fevereiro a CDU em Belmonte exigiu à Câmara Municipal a implementação da chamada opção gestionária, mecanismo legal que permite a valorização dos salários dos trabalhadores das autarquias, bastando para isso que a Câmara tome a decisão e inclua as verbas necessárias em Plano e Orçamento.
Mais de 200 câmaras do país já tomaram esta decisão entre as quais constam várias do distrito do Castelo Branco.
A anterior legislatura, de maioria absoluta do PS, ficou marcada por um intenso ataque aos trabalhadores em geral e aos seus direitos, e em particular sobre os trabalhadores da Administração Pública e esta é uma orientação política que é prosseguida pelo actual governo PS.
Em nome do défice congelaram-se as carreiras; introduziram-se medidas restritivas ao nível da progressão profissional; definiram-se quotas ao nível das avaliações de desempenho com objectivos meramente economicistas; diminuíram-se os salários reais (excepção feita em 2009, por sinal, ano de eleições) e perdeu-se poder de compra.
Por tudo isto a CDU reclamou uma vez mais (esta proposta já tinha sido feita à Câmara aquando da discussão do Plano e Orçamento relativo a 2010, tendo sido recusada) à maioria PS na Câmara de Belmonte para que responda positivamente às reivindicações dos trabalhadores e ao abaixo-assinado promovido pelo STAL concretizando a opção gestionária, permitindo com isso a valorização salarial dos trabalhadores, o reconhecimento do seu esforço e contribuindo para elevar a sua motivação, o seu empenho e a qualidade dos serviços públicos.
A CDU sublinha que num quadro em que a realidade dos trabalhadores da administração local é marcada pela crescente precariedade, pelos baixos salários, a aplicação desta medida é um imperativo de justiça social.
Belmonte, 1.Março.2010