A Assembleia Municipal de Belmonte reunida a 22 de Fevereiro de 2008, registou laivos de originalidade que de todo a CDU rejeita e considera só ser possível porque a maioria que detém o poder absoluto, o PS, continua igual a si próprio: inoperante, arrogante, prepotente, por um lado e, por outro, completamente subordinado ao poder do governo PS de Sócrates, desprezando os interesses do concelho.
Primeiro "caso" - a Assembleia reuniu sem que a Ordem de Trabalhos tivesse qualquer assunto para debate. Desta situação não há memória! A gravidade começa por ter sido distribuída a convocatória já após o prazo regulamentar que permite que qualquer deputado inclua outros conteúdos para serem discutidos; a gravidade amplifica porque põe a nu que afinal as notícias que vão surgindo esporadicamente nos órgãos de comunicação social sobre a actividade autárquica, a isso se resumem: a mera propaganda!
Este é infelizmente um concelho sem actividade, onde o aparelho produtivo vai definhando, onde o desemprego era nulo até há poucos anos e agora grassa entre a população activa, onde não se aproveitam convenientemente as potencialidades e onde as promessas eleitorais, não passam disso mesmo: promessas!
Segundo "caso" – a CDU propôs uma moção (anexo, para o qual solicitamos a melhor atenção) repudiando a "Proposta de Lei de Organização e Funcionamento dos Tribunais Judiciais", da autoria do governo e que prevê o encerramento de tribunais, fazendo com que as populações do interior do país, nomeadamente de Belmonte, fiquem ainda mais desprotegidas no que concerne ao acesso à justiça.
O PS, com o argumento de que a moção apresentada pela CDU era "demasiado ideológica", (mas como poderia não o ser?), propõe a retirada do primeiro parágrafo "Tal como tem vindo a suceder no caso da saúde, educação, segurança, entre outros, a política de encerramento de serviços essenciais à satisfação das necessidades básicas dos cidadãos, com isso promovendo uma rápida desertificação do interior do país, parece ter chegado à justiça.", dos pontos "2 – Prossegue o cego objectivo de cortar nas despesas públicas, conflituando com os direitos e expectativas das populações; (…) 4 – Agrava os custos inerentes ao exercício da justiça, torna-a mais inacessível e demorada; 5 – Potencia uma linha de privatização dos serviços públicos, já iniciada com a privatização dos notários; 6 – Centraliza os serviços promovendo maior controlo sobre as magistraturas tornando a justiça menos independent;". Perante esta situação a CDU não abdicou de sujeitar a sua moção votos e de obrigar o PS a assumir as suas responsabilidades. Tendo votado contra esta moção, a maioria PS demonstrou uma vez mais que prefere estar ao lado do governo, mesmo que para isso os direitos daqueles que, no concelho, os elegeram e perante quem têm de prestar contas, sejam postos em causa!
Foi em nome da defesa dos interesses da população de Belmonte que a CDU, como sempre tem feito, contribuiu para a aprovação por unanimidade de uma outra moção.