Do que se pôde ouvir e ver arderam 4200 hectares de floresta e registam-se ainda povoações sem eletricidade. Das áreas e povoações visitadas constata-se que não há limpeza, os custos para os pequenos proprietários são avultados, existem árvores em cima das estradas e das casas e não há remoção dos resíduos. Há um contínuo de mancha florestal (pinheiro bravo e eucalipto) sem qualquer tipo de quebra o que facilita a progressão do fogo e dificulta o trabalho dos bombeiros. Os poucos caminhos que existem no meio da floresta foram abertos pelas pessoas para conseguirem transportar a madeira. Não existe diversificação da Floresta; não há fiscalização, nem patrulhamento da floresta.
Constata-se que as áreas que arderam no grande incêndio de 2003, uma parte voltou a arder agora. Considera-se que se poderia ter aproveitado esse momento para proceder ao ordenamento da floresta. Mas não foi feito e cresceu tudo desordenado. Foram acrescentadas ainda outras necessidades, como o apoio aos aos Bombeiros, o apoio à produção, pequenos agricultores e produtores florestais, reforçar os meios da GNR, politicas que contribuam para a ocupação do Interior.
É necessário criar as condições de responder às exigências colocadas com acções e medidas concretas que urgem ser aplicadas no apoio imediato, na defesa da floresta, nos meios de combate e nas politicas de desenvolvimento do interior ligadas à ocupação do território. O PCP continuará a intervir neste sentido com propostas e soluções concretas.