Como o PCP atempadamente alertou, o processo de privatização da empresa municipal Águas da Covilhã não respeita utentes nem trabalhadores, como o confirma a transferência de cerca de 20 trabalhadores da empresa Águas da Covilhã para a Câmara Municipal. Esta medida, a qual como tudo indica, poderá repetir-se no futuro, não só contraria o discurso da estabilidade laboral propalado à altura da privatização pela maioria PSD/Carlos Pinto como visa, com a complacência da Câmara, satisfazer as pretensões da empresa privada e do seu objectivo de maximização de lucro à custa dos direitos.
O PCP considera inadmissível esta situação. Os trabalhadores não são objectos que se podem mexer a belo prazer, têm direitos e expectativas que devem ser respeitados. Além disso, esta é uma medida que compromete seriamente a qualidade dos serviços prestados e ameaça seriamente os direitos dos trabalhadores considerando a aplicação à Administração Local da Lei da Mobilidade que poderá implicar a transferência desses trabalhadores para os Regimes de Mobilidade Especial, conduzindo ao seu posterior despedimento.