Caciquismo arrogante e tacanhez antidemocrática
- eis o exercício do poder pela maioria PSD/Carlos Pinto na Covilhã
Pela segunda vez em quinze dias, na noite de anteontem, a maioria PSD/Carlos Pinto abusando do poder que os covilhanenses lhe confiaram na Câmara Municipal do concelho, fez arrancar pendões de divulgação da Festa do Avante que estavam colocados junto a um Centro Comercial, em que pontifica o Grupo SONAE.
Trata-se de um acto ilícito, em que o executivo municipal reiteradamente insiste, com a evidente má consciência de que está a violar as leis da República – se assim não fosse interviria no terreno da legalidade e dos tribunais.
Esta obsessão persecutória da propaganda da Festa do Avante, como no passado, em momentos diversos, de outra informação e propaganda do PCP e de organizações sociais progressistas, deve ser tratada como um caso de polícia que é – a Câmara furtou a propaganda legal do PCP, com importantes prejuízos políticos e patrimoniais, directos e indirectos, para o partido. Os factos foram participados às autoridades policiais e serão levados aos tribunais que - estamos certos – farão justiça, condenando quem assim atenta contra as liberdades democráticas e ressarcindo o PCP.
A nosso ver, importa entretanto que os covilhanenses retenham as seguintes questões.
- É ou não verdade que o executivo PSD/Carlos Pinto procede como um qualquer caciquismo arrogante e ditatorial, que aplica e altera a lei de acordo com os seus interesses mais mesquinhos e está-se marimbando para a justiça, porque, se for condenado, quem vai pagar é o erário público?
- É ou não verdade que esta tacanhez antidemocrática, esta cegueira anticomunista, é típica de quem procura perpetuar-se no poder, sem olhar a meios, e que esta postura está em evidente conflito com os valores democráticos e os interesses do povo deste concelho?
- É ou não verdade que, neste caso, ao vir apressadamente retirar os pendões junto ao Serra Shopping, as decisões do executivo PSD/Carlos Pinto parecem feitas de encomenda para servir os grandes interesses económicos, que medram nas dificuldades dos trabalhadores e do povo do concelho – como aliás acontece frequentemente, em situações que comprometem o desenvolvimento da Covilhã e o equilíbrio das contas da autarquia?