2. Estas medidas decorrem da subserviência cega à redução do défice, dessa “sacrossanta” imposição da Europa dos grandes interesses e que é no essencial responsável pela grave crise económica e social que atinge o país, particularmente as regiões mais atrasadas e deprimidas, como o nosso distrito, e sempre tiveram e continuam a ter o empenho e apoio do PS e do PSD, ambos convergindo, com o mesmo ou mais fervor, no respectivo cumprimento. As manobras e exigências do PSD/Fundão, para consumo local, não enganam ninguém, quando este partido acaba de defender novos cortes no investimento público. Com estas políticas do PS e PSD quem sofre é o Fundão e os fundanenses.
3. Convém entretanto lembrar que este assunto tem vindo, ao longo do tempo a ser mal conduzido e mal explicado. Aquando da extinção das Escolas do Magistério, por culpa de responsáveis locais e nacionais (do PS e PSD), o Fundão perdeu uma grande oportunidade de estabelecer, de forma sustentada, o Ensino Superior na Cidade. A promessa do Governo de Santana Lopes veio em época de contra ciclo, mas foi um compromisso. E os compromissos de governo devem ser cumpridos. É o mínimo que os cidadãos exigem. Para salvar a face atamancou-se um expediente de circunstância - uma Escola de Idanha, pertencente ao Politécnico de Castelo Branco, abriu um curso no Fundão. Foi um truque habilidoso, mas destinado ao fracasso à primeira dificuldade. O que era necessário fazer era resolver de forma correcta o imbróglio, dar efectivas condições ao funcionamento do Ensino Superior no Fundão e não acabar com ele, como fez o Governo.
4. A CDU não poderia estar mais em desacordo com este encerramento. Por isso exige uma solução sustentável e definitiva para o Ensino Superior no Fundão, para que as notícias do concelho, por culpa ora do PS ora do PSD, não sejam apenas mais encerramentos de serviços públicos, mais atraso económico e injustiça social e mais desertificação.