MUDAR DE POLÍTICA TAMBÉM NO FUNDÃO

No Fundão e no País o PCP reclama outras prioridades políticas

A vida democrática dos cidadãos, que não se esgota com o exercício do direito de voto, vê-se confrontada aqui e ali, com conceitos errados e perigosos, do género "o povo votou, e agora cá estamos nós para decidir". São práticas que não são apenas do poder central. Há outros órgãos de poder e instituições, que tudo têm feito para limitar o exercício dos direitos democráticos por parte dos cidadãos.

Considera a Comissão Concelhia do Fundão do Partido Comunista Português, que o executivo camarário tem do exercício do poder uma visão autoritária, não devendo os cidadãos expressar a sua opinião ou indignação relativamente às decisões da sua Autarquia.

No Fundão e no País o PCP reclama outras prioridades políticas

A vida democrática dos cidadãos, que não se esgota com o exercício do direito de voto, vê-se confrontada aqui e ali, com conceitos errados e perigosos, do género "o povo votou, e agora cá estamos nós para decidir". São práticas que não são apenas do poder central. Há outros órgãos de poder e instituições, que tudo têm feito para limitar o exercício dos direitos democráticos por parte dos cidadãos.

Considera a Comissão Concelhia do Fundão do Partido Comunista Português, que o executivo camarário tem do exercício do poder uma visão autoritária, não devendo os cidadãos expressar a sua opinião ou indignação relativamente às decisões da sua Autarquia.

O PCP manifesta o seu apoio às manifestações de descontentamento motivadas pe1as justas interrogações e preocupações dos cidadãos, quanto à prioridade do executivo celebrar com uma empresa um protocolo de exploração de estacionamento pago numa vasta zona da cidade. A decisão de introduzir o pagamento do estacionamento à superfície surge não como uma medida de regulação do estacionamento que, em boa verdade o Fundão não necessita mas antes como uma forma de, entrando no bolso do cidadão, dar viabilidade a uma obra financeiramente desastrada: a construção do silo-auto.

Havendo tantos outros problemas fundamentais para a qualidade de vida das /populações, como por exemplo a ineficiência da rede de abastecimento de água e o seu elevado tarifário, a rede de saneamento com esgotos a céu aberto, que são um perigo para a saúde pública, e a não existência de transportes públicos urbanos, a Câmara Municipal do Fundão não se tem mostrado igualmente diligente na procura de soluções para estes problemas.

Ao mesmo tempo, por acção ou por omissão, esta Câmara desvaloriza o 25 de Abril. Parecendo esquecer que o Poder Local Democrático, e portanto esta Câmara, só existe como tal porque existiu o 25 de Abril. Exemplo claro desta desvalorização é a manutenção da Feira anual nesta data que deveria ser de festa e reflexão. Além do mais, tal solução não é vantajosa para feirantes, comerciantes ou para a população em geral.

A Comissão Concelhia di Fundão

Apesar do trabalho e empenho dos eleitos da CDU, a AM não tem assumido o seu papel como órgão deliberativo por excelência e fiscalizador da actividade municipal. Muito por culpa dos eleitos da Câmara Municipal e da maioria PSD na AM, mas muitas vezes com a colaboração de eleitos do PS a Assembleia perde-se em quezílias de carácter pessoal. Depois quando se trata de discutir assuntos que importam à população e deliberar sobre esses mesmos assuntos, a AM acaba por funcionar como mera Câmara de ressonância do Executivo.

A sociedade portuguesa vive uma grave e prolongada crise económica que afecta o bem-estar e a qualidade de vida da grande maioria da população. Portugal é, segundo o Eurostat, o país da União Europeia com os maiores índices de desigualdade, onde os ricos são cada vez mais ricos, e os cerca de 400 mil pobres cada vez mais pobres, com 2,3 milhões de cidadãos a viverem no limite da pobreza.

Por outro lado, existem acrescidos motivos de preocupação em relação ao estado e evolução da nossa democracia, empobrecida nas suas diferentes dimensões. Democracia crescentemente mutilada pela negação do exercício dos mais elementares direitos de expressão, participação, intervenção social e política dos trabalhadores e das populações. Trata-se de uma regressão democrática, imposta pelas práticas autoritárias e pelas tentativas crescentes de um governo que tem horror à livre participação e intervenção dos cidadãos na vida política do seu país.

No Fundão, como no resto do País, os trabalhadores e as populações saberão dar resposta a estas políticas. A Greve Geral de 30 de Maio convocada pala CGTP-IN, expressa o descontentamento e a condenação face às políticas deste Governo e de exigir uma nova política ao serviço dos trabalhadores e das populações. A Comissão Concelhia do Fundão do PCP apela ao apoio e participação na Greve Geral de 30 de Maio.

Jornal «Avante!»

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