PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA

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  Senhores Presidente, senhores Deputados

Senhor Presidente da Câmara, senhores vereadores

 

Na última semana, registou-se a interrupção do fornecimento de água a Idanha-a-Nova, durante quase dois dias, como resultado de uma ruptura na conduta proveniente do único reservatório que, aparentemente, se encontra em funcionamento.

Sabendo que a Vila está dotada de outros três reservatórios (junto ao Centro de Saúde, próximo da Escola do 1º Ciclo e na Calçada), este incidente vem provar que não é opção correcta o abandono destas alternativas de abastecimento de água à população. Tais depósitos deveriam ser uma solução de recurso, para mais estando nós numa região de grande instabilidade hídrica.

Concluímos, até demonstração em contrário, que o contrato celebrado com a Águas do Centro, que a responsabiliza pela rede em alta, leva a que esta empresa só esteja interessada na conduta de água ao reservatório do Cabeço de S.Gens: torna-se mais barato. Se assim é, mais uma vez se confirma que esse negócio com a Águas do Centro foi errado nos princípios e não prevenido nos pormenores.

Perante esta situação, compete à autarquia providenciar para que os outros reservatórios existentes em Idanha sejam conservados e abastecidos, com as soluções técnicas possíveis, recorrendo a transbordo de água a partir do reservatório que está em funcionamento.

Outra situação que exige uma intervenção capaz, por parte das entidades competentes, prende-se com os acessos a Monsanto, pela importância que esta povoação assume no quadro turístico do concelho.

Como sabemos, particularmente em períodos de férias e nos fins-de-semana, Monsanto é procurada por muitas turistas que ali se deslocam para usufruir da paisagem e do variado património local. O que deveria ser estimulante para turistas e população local, torna-se muitas vezes um pesadelo com riscos à segurança de pessoas e bens.

Pela sua topografia e especificidades urbanísticas, sabemos que a solução para o problema do trânsito não é fácil. Há vários anos, nesta mesma assembleia, sugerimos a utilização de transporte público contínuo, a partir da Relva, nos períodos de maior intensidade turística. Contudo, o volume do tráfego mantém-se nas épocas de maior procura, situação que dificulta a circulação de veículos e peões, desde a Estrada 239 e da Eugénia, havendo diversas ocorrências de acidentes e até atropelamentos.

Somos de opinião, tal como grande parte da população daquela freguesia, que a demarcação das bermas com reflectores cravados no pavimento, ou outra solução análoga, ao sinalizar adequadamente a zona de protecção a peões, necessidade agravada nas frequentes situações de nevoeiro, não resolvendo definitivamente o problema dos acessos à Vila de Monsanto, poderia contribuir para uma maior segurança do trânsito e dos peões.