O DESEMPREGO NO DISTRITO DE CASTELO BRANCO E A IX ASSEMBLEIA DE ORGANIZAÇÃO REGIONAL DE CASTELO BRANCO DO PCP
No quadro da preparação da IX Assembleia de Organização Regional de Castelo Branco do PCP procedemos a uma análise da situação económica e social e constatamos que, em resultado da política do actual governo e da concretização do Pacto de Agressão subscrito por PS, PSD e CDS, se verifica a continuada degradação da situação no distrito, comprometendo a vida de milhares de portugueses, em particular da nossa região, e o futuro do país e das novas gerações.
Este é o resultado de uma intensa ofensiva, em curso acelerado, assente na aplicação do Pacto de Agressão assinado com a troika, na cedência de instrumentos de política económica e orçamental e na alienação da soberania, visando acentuar o domínio do grande capital monopolista, em particular o financeiro, entregando-lhe uma parcela crescente da riqueza produzida e dos recursos do Estado e alienando, através de privatizações, empresas fundamentais para o desenvolvimento económico.
Uma ofensiva traduzida no aumento da exploração sobre o trabalho, através da diminuição dos salários, do aumento da precariedade, da facilitação dos despedimentos, do ataque a direitos fundamentais, mas também na desvalorização das pensões, na diminuição drástica das prestações e apoios sociais e no desmantelamento das restantes funções sociais do Estado.
Uma política que ataca também o próprio regime democrático em vários dos seus alicerces, assumindo particular intensidade a tentativa de destruição do poder local democrático, seja pela restrição da sua autonomia, seja pela crescente asfixia financeira a que estão sujeitas as autarquias.
A IX Assembleia da Organização Regional de Castelo Branco do PCP, vai realizar-se neste cenário, que tem consequências muito graves para o distrito já que é agravado pelo desinvestimento e abandono a que os sucessivos governos PS, PSD e CDS votaram o interior do país, levando no caso do Distrito de Castelo Branco à destruição de parte significativa do aparelho produtivo e à degradação e destruição dos serviços públicos, conduzindo ao êxodo das populações, a uma continuada desertificação humana, degradando as condições económicas e promovendo um desemprego crescente.
A POPULAÇÃO DIMINUI E, MESMO ASSIM, O DESEMPREGO AUMENTA
Uma análise real, verdadeira e sem manipulações aos números, por detrás dos quais estão pessoas concretas, mostra que eles são assustadores. De facto, verifica-se um decréscimo de 38% da população entre 1960 e 2011, sendo que tal decréscimo foi de 12% desde 1981, um período onde o expetável seria o aumento da população, face às condições criadas com a Revolução de Abril, o que só não aconteceu fruto da deliberada política de desertificação do interior que os sucessivos governos conduziram.
É a partir daqui que toda a análise, para ser real, terá de ser feita.
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