Direcção da Organização Regional de Castelo Branco
É necessário continuar a luta
Assistimos nas últimas semanas a diversos anúncios que devem merecer a confirmação da determinante e decisiva contribuição que a luta tem para reposição e avanços, ainda que nalguns casos sejam limitados.
A par de medidas já em desenvolvimento de reposição de direitos e de rendimentos, dos feriados, das 35h roubadas aos trabalhadores da Administração pública, manuais escolares gratuitos para 1º ano do 1º ciclo, entre outros o executivo da DORCB do PCP saúda a luta da população de Monsanto e a reabertura prevista da sua escola já no próximo ano lectivo, encerrada pelo Governo PSD/CDS.
Sobre o anúncio da redução no valor de portagens o PCP reafirma que desde o inicio deste processo denunciou e alertou para a injustiça que significava a introdução de portagens nas SCUT, rejeitando a sua implementação e posteriormente propondo a sua revogação. O prejuízo para as economias regionais, o agravamento dos problemas e dificuldades, a inexistência real de alternativas viáveis, o retrocesso nas acessibilidades, o previsível aumento de sinistralidade, o negócio para as concessionárias, foram e são matérias que foram colocadas pelo PCP e sobre as quais a realidade vem dar razão.
Assistimos também a falsas ideias quer no sentido de resfriar o grande protesto e descontentamento que as populações, sindicatos, empresários, outras entidades locais demonstraram, quer na desvalorização de alcances ainda que curtos mas só possíveis pela luta. Se a proposta do PCP tivesse sido aprovada na Assembleia da República, hoje não estaríamos perante um desconto de 15% mas sim a eliminação total das portagens. Mas importa ainda referir que sendo esta última a melhor solução para o problema, o PCP não deixou de acompanhar na Assembleia da República qualquer proposta, que mesmo de curto alcance, fosse mais benéfica para a população e para a região. O PCP tudo continuará a fazer para que aquilo que melhor serve – a abolição – seja alcançado sendo para isso indispensável e imperativo a continuação da luta.
Mas existem outras matérias que têm sido exigidas e sobre as quais o PCP tem intervindo sendo necessário não abrandar a luta apesar dos anúncios feitos. Entre elas a conclusão da electrificação da linha da Beira Baixa há muito parada e com graves prejuízos para a mobilidade e desenvolvimento na região e a reposição das freguesias que o PCP, honrando o seu compromisso levou a debate na AR. O PCP bater-se-à pela reposição das freguesias onde as populações e os órgãos autárquicos tenham tomado posição contra a sua extinção e com vista à sua concretização já no plano das eleições autárquicas de 2017. Mas a luta em cada freguesia, em cada concelho será decisiva.
Também a luta dos trabalhadores é determinante para fazer avançar e defender direitos, como a luta contra a precariedade, pelas 35h para todos os trabalhadores ou ainda na defesa da contratação colectiva. Exemplos da importância da sua unidade e luta foram as conquistas em direitos dos trabalhadores da Covibus e das Minas da Panasqueira. No Distrito e no País é necessário continuar a luta contra a política de direita, por uma política patriótica e de esquerda que dê resposta aos problemas dos trabalhadores e do Povo, do Distrito e do País. É esse o compromisso do PCP
Executivo da DORCB do PCP 26 de Julho de 2016