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Esta exclusão, mesmo depois de vários contactos efectuados por iniciativa do PCP junto da RTP, num quadro em que este é o primeiro programa “Prós e Contras” realizado depois da formação do Governo e da apresentação do seu programa, é tanto mais grave quanto a RTP tem obrigações de prestação de serviço público ao país.
Se dias antes tínhamos assistido através dos principais órgãos de comunicação social a uma discussão viva na Assembleia da República sobre o programa de Governo, na noite de ontem, a RTP deu uma mão ao Governo PS colocando a seu lado – sem qualquer explicação possível - o presidente da AICEP.
Não pode, por isso, como a RTP pretendeu fazer crer aos seus telespectadores, falar-se de uma discussão séria sobre as “Prioridades da Governação” quando se excluem forças políticas com assento parlamentar, designadamente aquela que como o PCP que pelo seu programa e propostas apresenta o mais claro e assumido projecto de ruptura e mudança com a política do actual governo.
E se o Governo PS saiu melhor deste “debate”, na ausência de um confronto com o PCP, a democracia, essa, saiu pior, com mais um golpe no direito que assiste a cada força política de expressar a sua opinião em igualdade de circunstâncias.
O PCP perante a gravidade desta atitude de discriminação por parte da RTP, para além da queixa entregue à Entidade Reguladora para a Comunicação Social para que proceda em conformidade, vai solicitar um encontro com a Direcção de Informação da RTP.
10.11.2009