Realizou-se no dia 30 de Janeiro, no Centro de Trabalho do PCP, no Tortosendo, a IX Assembleia da Organização da Freguesia do Tortosendo do PCP
Com a participação de dezenas de camaradas, as propostas de Resolução Política e a nova Comissão de Freguesia foram aprovadas por unanimidade dos militantes presentes. O balanço feito coloca o reforço da organização saído da Assembleia, com uma Comissão de Freguesia mais rejuvenescida com vontade e determinação para o desenvolvimento do trabalho do Partido na freguesia.
Na Assembleia participou a camarada Patricia Machado, membro do Comité Central do PCP e responsável pela Direcção da Organização Regional de Castelo Branco, que na sua intervenção falou das consequências da política de direita prosseguida pelo Governo do Partido Socialista, que conduziu ao encerramento de diversas empresas no Tortosendo, contribuindo para a elevada percentagem do desemprego na região e no País. Falou das propostas e iniciativas do Partido em defesa dos interesses dos trabalhadores, desempregados, reformados e outras camadas laboriosas da população. Colocou ainda a necessidade de os comunistas intensificarem a luta contra a política de direita que o Governo está empenhado em levar á prática com o apoio do PSD e CDS.
RESOLUÇÃO POLITICA
1 – Introdução
Qualquer organização que se quer interveniente deverá criar momentos de reflexão para efectuar o balanço do trabalho executado, identificar dificuldades e apontar medidas para uma intervenção mais forte no presente e perspectivar o seu crescimento no futuro.
Desde a última assembleia da organização do PCP no Tortosendo, realizada em 11 de Junho de 2006, percorreu-se um caminho caracterizado por uma forte intervenção de um núcleo de camaradas dedicados, na base dos quais foi possível intervir nos processos eleitorais, nas jornadas nacionais de luta, nas vendas especiais do Avante, no aniversário do partido, na festa do avante e em algumas estruturas unitárias.
Apesar de nunca satisfeitos com os níveis de participação registamos o funcionamento regular da Comissão de Freguesia, enquanto órgão dirigente com funcionamento colectivo.
A preparação desta IX Assembleia de Organização possibilitou o levantamento de dados, o balanço do estado da nossa organização e permite identificar dificuldades que urge ultrapassar para o reforço da organização tendo em vista uma intervenção mais intensa e mais qualificada.
2 – A situação sócio – económica e política
O trabalho e a acção politica atrás referida foi concretizada em momentos em que não houve mudança dos protagonistas políticos, pelo contrário, manteve-se a afirmação dos eleitos locais do PSD que, através do caciquismo e da compra de consciências, conseguem manter-se nos órgãos autárquicos com maiorias absolutas.
A situação social continua a agravar-se com o aumento do desemprego predominando, ainda, os Têxteis/Vestuário.
Na economia da nossa região continua a ter peso a agricultura, nomeadamente a exploração por conta própria. No caso do Tortosendo predominam algumas culturas de macieira, hortícolas, vinha e azeite.
Constata-se que na região é a indústria transformadora que ocupa o maior nº de pessoas com cerca de 74%. Quanto ao volume de negócios é o comércio por grosso e a retalho que se salienta com 53%.
O Parque Industrial do Tortosendo, apesar de ter sediadas dezenas empresas não absorve a mão de obra da Vila já que a implantação daquelas resultou da sua transferência de outras localidades.
Ao nível do país verifica-se uma acentuada ofensiva contra os serviços públicos (educação, saúde, justiça, transportes, telecomunicações, etc.) quer no sentido da sua privatização quer no sentido da centralização. Devemos manter-nos atentos, vigilantes e actuantes quanto às intenções do Governo em relação aos serviços públicos que atinge os trabalhadores do sector e as populações com a privatização dos serviços e funções sociais.
3 – Propostas para o desenvolvimento
No âmbito da campanha eleitoral para a Assembleia de Freguesia desenvolvemos um processo de discussão partilhada que permitiu definir o conjunto de propostas para o desenvolvimento da nossa freguesia, das quais salientamos:
- A requalificação urbana;
- Construção de equipamentos de apoio às novas áreas residenciais (Jardins de Infância, Parques Infantis e espaços de convívio);
- A reivindicação da construção do IC6 (Tortosendo – Coimbra);
- A abertura de uma via entre o Cabeço, Casal da Serra e Pinhos Mansos;
- Melhorar a iluminação pública;
- Melhorar a higiene, limpeza e saúde pública;
- Melhorar a prevenção e a gestão da floresta;
- Melhorar os transportes públicos;
- Apoio aos agricultores e produtores florestais;
- O apoio ao associativismo, á produção e fruição cultural e à prática desportiva;
- O apoio ao ensino, às suas infra estruturas, ao material didáctico e ao logradouros escolares.
É na base destas propostas que devemos orientar o nosso trabalho na autarquia, através do nosso eleito, e a nossa intervenção junto da população, interligando-as com as questões mais gerais, nomeadamente a defesa do emprego com direitos e a defesa dos serviços públicos.
4 – Reforço da organização
Continuam válidos os objectivos definidos nas últimas Assembleias de Organização.
Mais fortes com as novas adesões ao partido, especialmente de jovens licenciados, devemos continuar a trabalhar para cumprir alguns dos objectivos definidos.
Recorde-se o que então aprovámos:
“ O reforço da organização deve fazer-se em simultâneo com um aumento da intervenção politica do partido, com a dinamização da vida interna em ligação com os problemas da sociedade onde pretendemos intervir mais activamente. Com a organização de debates de temas políticos e ideológicos da actualidade. Reuniões com camaradas e amigos de empresas ou sectores de trabalho com vista ao conhecimento dos problemas e tomadas de posições públicas. Reuniões com camaradas e amigos pertencentes a camadas sociais e etárias, como jovens, mulheres, reformados, também para conhecer os problemas e tomar posições públicas que consolidem a imagem e prestígio do Partido.
Destas reuniões e acções políticas deve também tentar-se estruturar o partido ao nível das empresas, dos jovens, de mulheres e de reformados.
A ligação aos camaradas que vivem nos diversos bairros deve ser regular e com a perspectiva de também aí se constituírem núcleos locais organizados com vista a cumprirem pequenas, mas importantes tarefas, como a venda do Avante e Militante, distribuição de propaganda, recolha de fundos, etc.
Para melhorar a nossa actividade é imperioso reforçar o partido com jovens e envolver maior número de mulheres no nossa actividade. A organização de empresa e de bairro, dos reformados, mulheres e jovens, é uma prioridade que devemos agarrar no futuro.”
Foram e continuam a ser correctas as linhas fundamentais do nosso trabalho e de intervenção política.
Para além do que atrás ficou referido devemos realizar esforços para:
- Elevar os níveis de participação dos militantes;
- Elevar os níveis de quotização e de leitura da imprensa do partido;
- Manter em funcionamento a Comissão CDU;
- Dinamizar o funcionamento do espaço de convívio;
- A visita aos diferentes bairros, às empresas, colectividades e instituições existentes;
- Crescer e avançar junto da juventude.