A DORCB do PCP apela à mobilização das populações para a luta contra as portagens na A23, recordando que foi a resistência e a luta que travaram, no passado, intenção igual.
Nota da DORCB do PCP
O PCP tem vindo a tomar posição na Assembleia da República e no poder local contra a introdução de portagens na A23 conforme intenção do Governo PS e do PSD.
Considerando que,
- a A23 é a única acessibilidade viável entre o litoral e a Beira Interior, servindo
uma região fortemente interdependente nos âmbitos social e económico, que vai de Torres Novas à Guarda;
- a região de Castelo Branco é uma das mais deprimidas do país, com taxas de desemprego sempre acima da média do país, e com salários médios baixos e onde um elevado número de trabalhadores aufere o Salário Mínimo Nacional;
- o salário, poder de compra, emprego e a qualidade de vida da maior parte da população é dependente directa ou indirectamente desta via (sector empresarial, transportes de mercadorias, frágil tecido produtivo, professores, sector agroindustrial,
etc);
- uma grande parte da população é obrigada a circular diariamente na A23 por motivos de trabalho ou actividade económica;
- a inexistência de transportes públicos que sirvam efectivamente as populações;
- não há nenhuma alternativa viável a esta via: um percurso Torres Novas-Guarda, que leva cerca de duas horas pela A23, duraria cerca de 5 horas pelas estradas municipais, nacionais, rurais e urbanas (estradas que são, na realidade as rua principais, largos do município e jardins públicos de inúmeras localidades) que seria necessário percorrer para evitar as portagens;
- grande parte do traçado da A23 serve regiões fronteiriças com Espanha, onde as autoestradas são gratuitas, e onde os custos de produção, energéticos, tributários, de
comunicações e transportes das empresas são já substancialmente inferiores aos das
empresas portuguesas;
- uma auto-estrada como a A23 não serve apenas os seus utilizadores, representando antes um investimento no desenvolvimento de uma região inteira e um incremento na coesão nacional, tal como tantos e tantos outros investimentos quase sempre realizados nas regiões metropolitanas de Lisboa e Porto;
- todos os estudos mostram que só uma economia coesa inter-territorialmente, multi-centrada e não unívoca, poderá ter a robustez suficiente para encarar o desenvolvimento e o crescimento seguro constantes, face a qualquer crise;
- no seu programa de governo, pg. 26, o actual governo assumiu o compromisso de não introduzir portagens nas SCUT em nome da “coesão nacional e territorial”;
- o transporte rodoviário da esmagadora maioria das importações/exportações para o Norte de Espanha e França é efectuado através da A23 por veículos pesados de mercadorias, entre Lisboa - Vilar Formoso, trajecto que, sem recurso a auto-estrada, passaria a levar cerca de 7 horas, e com auto-estrada, a custar cerca de 150 euros de portagens (ida e volta), valores que não só destruiriam a competitividade do sector empresarial, mas produziriam uma inelutável onda de falências, encerramentos e deslocalizações;
- o Distrito de Castelo Branco é um dos distritos com mais baixa taxa de execução do Plano Rodoviário Nacional - apenas 59%;
- o desvio de trânsito para as estradas nacionais, municipais e rurais - iminente, caso se introduzam portagens - terá como consequência, entre outras, o aumento agudo das taxas de sinistralidade;
bem como, que,
- a introdução de portagens na A23 iria prejudicar gravemente a capacidade competitiva e produtiva das MPMEs do interior, principalmente das regiões fronteiriças, aumentando os custos de vida de populações e empresas, com o abaixamento de consumo interno, falências, despedimentos e desemprego galopante inerentes;
- nenhum cidadão cujo salário se situe entre 475 e 650 Euros - o ganho mensal da esmagadora maioria das populações servidas pela A23 - poderá, em qualquer circunstância, despender 200 ou 300 euros mensais para circular diariamente em trabalho na única via de transporte disponível;
- para a maioria das pessoas das regiões afectadas, pagar portagens diárias nas suas
deslocações inevitáveis pode representar um grave prejuízo na qualidade de vida;
- o interior centro português está numa situação de extrema fragilidade, em que qualquer agravamento económico poderá ter um impacto social de grande preocupação;
- a desertificação e a interioridade das regiões em causa é cada vez mais acelerada;
- todos os actores sociais, desde as associações empresarias aos poderes autárquicos, passando pelos sectores laborais, sindicatos, populações e organizações industriais vêem na A23 um recurso essencial para a manutenção e melhoria das condições económicas das regiões;
O PCP entende que também aqui se está a exigir aos mesmos do costume que paguem uma factura sobre a qual não têm responsabilidades. A Direcção da Organização Regional de Castelo Branco do PCP diz não às portagens na A23 e repudia por completo toda e qualquer forma de taxar a circulação na auto-estrada A23, assumindo o compromisso perante as populações e todas as forças sociais e políticas de tudo fazer para evitar tal ataque e a consequente derrocada económica e social que lhe está associada.
A DORCB do PCP apela à mobilização das populações para a luta contra as portagens na A23, recordando que foi a resistência e a luta que travaram, no passado, intenção igual.
O PCP tem vindo a tomar posição na Assembleia da República e no poder local contra a introdução de portagens na A23 conforme intenção do Governo PS e do PSD.
Considerando que,
- a A23 é a única acessibilidade viável entre o litoral e a Beira Interior, servindo
uma região fortemente interdependente nos âmbitos social e económico, que vai de Torres Novas à Guarda;
- a região de Castelo Branco é uma das mais deprimidas do país, com taxas de desemprego sempre acima da média do país, e com salários médios baixos e onde um elevado número de trabalhadores aufere o Salário Mínimo Nacional;
- o salário, poder de compra, emprego e a qualidade de vida da maior parte da população é dependente directa ou indirectamente desta via (sector empresarial, transportes de mercadorias, frágil tecido produtivo, professores, sector agroindustrial,
etc);
- uma grande parte da população é obrigada a circular diariamente na A23 por motivos de trabalho ou actividade económica;
- a inexistência de transportes públicos que sirvam efectivamente as populações;
- não há nenhuma alternativa viável a esta via: um percurso Torres Novas-Guarda, que leva cerca de duas horas pela A23, duraria cerca de 5 horas pelas estradas municipais, nacionais, rurais e urbanas (estradas que são, na realidade as rua principais, largos do município e jardins públicos de inúmeras localidades) que seria necessário percorrer para evitar as portagens;
- grande parte do traçado da A23 serve regiões fronteiriças com Espanha, onde as autoestradas são gratuitas, e onde os custos de produção, energéticos, tributários, de
comunicações e transportes das empresas são já substancialmente inferiores aos das
empresas portuguesas;
- uma auto-estrada como a A23 não serve apenas os seus utilizadores, representando antes um investimento no desenvolvimento de uma região inteira e um incremento na coesão nacional, tal como tantos e tantos outros investimentos quase sempre realizados nas regiões metropolitanas de Lisboa e Porto;
- todos os estudos mostram que só uma economia coesa inter-territorialmente, multi-centrada e não unívoca, poderá ter a robustez suficiente para encarar o desenvolvimento e o crescimento seguro constantes, face a qualquer crise;
- no seu programa de governo, pg. 26, o actual governo assumiu o compromisso de não introduzir portagens nas SCUT em nome da “coesão nacional e territorial”;
- o transporte rodoviário da esmagadora maioria das importações/exportações para o Norte de Espanha e França é efectuado através da A23 por veículos pesados de mercadorias, entre Lisboa - Vilar Formoso, trajecto que, sem recurso a auto-estrada, passaria a levar cerca de 7 horas, e com auto-estrada, a custar cerca de 150 euros de portagens (ida e volta), valores que não só destruiriam a competitividade do sector empresarial, mas produziriam uma inelutável onda de falências, encerramentos e deslocalizações;
- o Distrito de Castelo Branco é um dos distritos com mais baixa taxa de execução do Plano Rodoviário Nacional - apenas 59%;
- o desvio de trânsito para as estradas nacionais, municipais e rurais - iminente, caso se introduzam portagens - terá como consequência, entre outras, o aumento agudo das taxas de sinistralidade;
bem como, que,
- a introdução de portagens na A23 iria prejudicar gravemente a capacidade competitiva e produtiva das MPMEs do interior, principalmente das regiões fronteiriças, aumentando os custos de vida de populações e empresas, com o abaixamento de consumo interno, falências, despedimentos e desemprego galopante inerentes;
- nenhum cidadão cujo salário se situe entre 475 e 650 Euros - o ganho mensal da esmagadora maioria das populações servidas pela A23 - poderá, em qualquer circunstância, despender 200 ou 300 euros mensais para circular diariamente em trabalho na única via de transporte disponível;
- para a maioria das pessoas das regiões afectadas, pagar portagens diárias nas suas
deslocações inevitáveis pode representar um grave prejuízo na qualidade de vida;
- o interior centro português está numa situação de extrema fragilidade, em que qualquer agravamento económico poderá ter um impacto social de grande preocupação;
- a desertificação e a interioridade das regiões em causa é cada vez mais acelerada;
- todos os actores sociais, desde as associações empresarias aos poderes autárquicos, passando pelos sectores laborais, sindicatos, populações e organizações industriais vêem na A23 um recurso essencial para a manutenção e melhoria das condições económicas das regiões;
O PCP entende que também aqui se está a exigir aos mesmos do costume que paguem uma factura sobre a qual não têm responsabilidades. A Direcção da Organização Regional de Castelo Branco do PCP diz não às portagens na A23 e repudia por completo toda e qualquer forma de taxar a circulação na auto-estrada A23, assumindo o compromisso perante as populações e todas as forças sociais e políticas de tudo fazer para evitar tal ataque e a consequente derrocada económica e social que lhe está associada.
A DORCB do PCP apela à mobilização das populações para a luta contra as portagens na A23, recordando que foi a resistência e a luta que travaram, no passado, intenção igual.