Domingos Abrantes, evocou a luta dos comunistas durante os 48 anos da ditadura fascista, a importância desta luta na Revolução de Abril e a consolidação do regime democrático, que está sériamente ameaçado pelas políticas contra-revolucionárias de direita, que os Governos do PS/PSD e CDS tem prosseguido ao longo destes anos. Para Domingos Abrantes é preciso defender Abril e os seus valores, para um País mais justo e desenvolvido.
Domingos Abrantes, nasceu em Vila Franca de Xira em 1936.
Foi Operário.
Aos 12 anos começou a trabalhar na Fábrica da Manutenção Militar como aprendiz de tabueiro, tendo aí trabalhado durante 6 anos. Em 1954, já com 18 anos trabalhou durante alguns meses como desenhador na Fábrica Militar de Braço de Prata, que abandonou para fugir à repressão policial. Passou então a funcionário do Movimento de Unidade Democrática-Juvenil (MUD-Juvenil) ao qual pertencia desde 1953.
De 1955 a 1958 pertenceu à Comissão Central do MUD-Juvenil.
É membro do Partido Comunista Português desde 1954 e do seu Comité Central desde 1963. Durante vários anos integrou o Secretariado e a Comissão Política do Comité Central.
Foi durante vários anos responsável pela organização clandestina do PCP, em vários pontos do país e em particular na Margem Sul do Tejo. Foi responsável por tipografias clandestinas do «Avante!».
Foi preso duas vezes pela PIDE. Primeiro em 1959 e depois novamente em 21 de Abril de 1965, conjuntamente com a sua mulher, Conceição Matos, no Montijo, quando a casa clandestina em que viviam, foi assaltada pela PIDE, tendo estado preso nas cadeias fascistas do Aljube, Caxias e Peniche.
Evadiu-se do Forte de Caxias em Dezembro de 1961, com mais sete camaradas seus, na célebre fuga no carro blindado de Salazar.
Passou 11 anos nas cadeias fascistas. Viveu 9 anos na clandestinidade, situação em que se encontrava no dia 25 de Abril de 1974.
Foi Deputado à Assembleia da República de 1976 a 1992.