Uma delegação da DORCB do PCP reuniu com o comando distrital de Castelo Branco da GNR. O pedido de reunião foi feito após o encerramento de 10 postos da GNR no distrito e consequentes iniciativas de questionamento do governo por parte do PCP.
O encontro teve como objectivo aprofundar o conhecimento sobre a situação desta força de segurança e dos problemas que enfrenta. Durante a reunião foi possível confirmar o défice de militares no distrito. No último ano, no distrito, saíram cerca de 50 militares para a reserva e apenas entraram 30, o que veio agravar um défice que se arrasta há vários anos. Estima-se que as necessidades de efectivo, para cumprir o volume de trabalho respeitando as regras e horários de trabalho e descanso, rodem mais 200 militares. Este problema é agravado pelo envelhecimento do corpo no distrito, cerca de 40% têm mais de 50 anos. Os representantes da DORCB do PCP reafirmaram a proposta do PCP, aprovada em sede de Orçamento do Estado, de um plano plurianual que previa uma admissão de 2500 efectivos em 2020 e mais 10000 até 2023. Só com reforço de efectivos é possível aumentar o patrulhamento e a interação com as populações, sem encerramentos de postos que têm um papel de proximidade e acessibilidade que não pode ser desvalorizado, numa zona desertificada em que têm ocorrido muitos encerramentos de estruturas públicas.
Sobre instalações foi reafirmada a intenção de reabertura dos postos encerrados. Foram manifestadas preocupações com as condições de vários postos da GNR, em particular, o do Fundão, que gera preocupações e que, apesar de existir projecto, ainda não avançou. Os postos de Unhais da Serra e o de Paul estão em condições deploráveis, o primeiro já tem uma solução prevista e o segundo tem projecto aprovado sem calendário de execução. Também o posto de Tortosendo tem projecto aprovado. Foi ainda reafirmada a intenção de recuperação do posto de Vila Velha de Ródão, após queda do telhado. A delegação do PCP manifestou preocupações com as condições de trabalho nestes postos, não deixando de manifestar preocupação com a transferência para as autarquias de competências nestas matérias, que desresponsabilizam o Estado Central, potenciam desigualdades e pressionam ainda mais os orçamentos municipais.
O PCP reafirmou disponibilidade para acompanhar a situação e intervir no sentido de garantir os meios necessários ao cumprimento das missões das forças de segurança.