Aquilo que há muito tempo o PCP afirmava e que se anunciava aconteceu.
Uma das três empresas da indústria tradicional (lanifícios e
confecções), que ainda laboravam nas freguesias de Cebolais e Retaxo,
encerrou portas.
Nenhuma das entidades responsáveis (Juntas de Freguesia, Assembleias de Freguesia, Assembleia Municipal e Câmara Municipal) tomou qualquer posição ou tentou tomar medidas para evitar mais este encerramento que enviou para o desemprego cerca de 40 trabalhadores.
Tal como os habitantes de Cebolais conhecem, a freguesia deixou de ter vida: o tempo em que as ruas se enchiam de trabalhadores quando iam ou saíam das fábricas acabou.
Tal como a Comissão Concelhia de Castelo Branco do PCP afirmava há cerca de 2 anos, os presidentes da Câmara Municipal, Joaquim Morão, e da Junta de Freguesia dos Cebolais nada fizeram e nada fazem para alterar esta situação. Pelo contrário, o presidente da Junta afirma peremptoriamente que os Cebolais nunca atravessaram um período de “progresso e desenvolvimento” tão evidente como nos últimos anos. VÊ-SE: basta olhar para as casas encerradas e degradadas e os anúncios de venda para concluir da enormidade desta afirmação!
Não temos dúvidas de que as infra-estruturas são necessárias, os melhoramentos são imprescindíveis para dar qualidade de vida às populações, mas também não temos dúvidas de que o progresso e o desenvolvimento não se consegue abdicando de estratégias de fixação de novas empresas que conduzam à criação de postos de trabalho. Só assim, é possível dar qualidade de vida às populações.
Caso contrário, a manter-se a falta de ambição do presidente da Junta, Cebolais caminha para a desertificação e o despovoamento, levando os jovens e as pessoas activas a procurar outras paragens e em alguns casos até regressarem às suas terras de origem, como já está a acontecer.
O povo de Cebolais de Cima não pode esquecer os responsáveis, eles têm nome. É preciso exigir responsabilidades à Câmara Municipal e ao seu presidente, à Junta de Freguesia e respectivo presidente que abdicaram de criar as condições necessárias para a defesa das empresas, dos postos de trabalho e do progresso real dos Cebolais de Cima.
A Comissão Concelhia de Castelo Branco do PCP lamenta mais este
encerramento, solidariza-se com os trabalhadores despedidos e suas
famílias e tudo fará do que estiver ao seu alcance para inverter esta
situação.