No passado dia 28 de Novembro, O PCP promoveu uma visita à Freguesia de S. Jorge da Beira que contou com a participação de dirigentes e eleitos deste Partido na Assembleia Municipal da Covilhã.
Os eleitos reuniram e visitaram, em S. Jorge da Beira, o Centro de Solidariedade Social, o Clube Recreativo Operário Estrela da Serra e a Banda Filarmónica Sanjorgense, no sentido de auscultarem os problemas, ansiedades, expectativas e realizações destas colectividades, para melhor poderem intervir na Assembleia Municipal da Covilhã visando o interesse real das populações.
A Falta de emprego (que leva ao abandono dos jovens e consequentemente ao envelhecimento da população), as condições de saúde e as dificientes ligações rodoviárias a S. jorge da Beira, foram os principais problemas debatidos nesta visita.
Pelo que se constatou, o Centro de Solidariedade Social sobrevive com algumas dificuldades mas está a ser alvo de obras de remodelação e ampliação, no entanto mesmo depois das obras, as instalações não poderão dar resposta a todas as pessoas que se encontram em lista de espera e ao que se apurou são 25 idosos. Esta instituição presta um valioso serviço à comunidade S. Jorgense até porque é um dos principais, ou mesmo principal, empregador da freguesia.
Relativamente ao Clube Recreativo Operário Estrela da Serra, apurou-se que sobrevive com algumas dificuldades e esvaziado de actividades por já não existir população em número suficiente para garantir o funcionamento das várias modalidades desportivas e actividades culturais. Como exemplo desta realidade, salienta-se o facto de as crianças que vivem em S. Jorge da Beira não terem ao seu dispor nenhuma actividade desportiva ou artística fora da escola. Os dirigentes do clube manifestaram também pesar por terem de pagar a factura da água, coisa que no passado não acontecia, até porque o Clube presta um serviço à população ao ceder as instalações para funcionamento da extensão do Centro de Saúde.
E é sobre, justamente, esta extensão do Centro de Saúde que os eleitos da CDU manifestam o seu maior desagravo. Esta extensão funciona em instalações desadequadas às funções que tem, não oferecendo condições de conforto e até salubridade de acordo com as exigências actuais da sociedade, não apresenta nenhum sinal de modernidade, sequer de actualidade, aliás ao se entrar naquele espaço parece ter-se recuado 40 ou 50 anos. Não se compreende como é que a ARS Centro sujeita os seus utentes e funcionários (médica e enfermeiros) a este tipo de condições abaixo dos padrões correntes. As instalações são tão desajustadas que a própria rampa de acesso para deficientes motores é quase impossível de ser utilizada. Por outro lado, o Serviço Nacional de Saúde só assegura assistência médica dois dias por semana, numa localidade onde há um número considerável de doentes crónicos para não referir a média de idades da população de S. Jorge da Beira. Apenas com esta resposta, a prestação de serviços de saúde de qualidade a esta população é, manifestamente, insuficiente. E por ser insuficiente, o Centro de Solidariedade Social de S. Jorge da Beira cede um enfermeiro nos restantes dias úteis em que o Serviço Nacional de Saúde não assegura.
Por último, os eleitos da CDU visitaram as obras de remodelação da sede da Banda Filarmónica Sanjorgense, financiadas em 15 mil euros pela Câmara Municipal da Covilhã. Esta banda é composta por 32 pessoas, havendo, neste momento, 14 jovens. Das 32 pessoas apenas 5 são do sexo feminino. Aos eleitos da CDU foi evidente a falta de apoios para o importante trabalho de formação musical e divulgação cultural prestado por esta colectividade já com uma vasta história e tradição.
Quanto às acessibilidades elas continuam precárias e inseguras não se vislumbrando uma rápida alteração da situação. Continua a ser penoso chegar a S. Jorge da Beira!