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3. Estes aumentos são especialmente injustos num quadro em que a generalidade da população está a ser violentamente expropriada dos seus rendimentos por via dos cortes de salários, do desemprego, do brutal aumentos dos bens essenciais e dos impostos, sendo cada vez mais os que no fim do mês não têm dinheiro para pagar a conta da água, da luz, dos alimentos ou dos medicamentos, ou seja, pagar despesas essenciais.
4. Estes aumentos acentuam o empobrecimento da população e são uma vez mais, o resultado evidente da negociata da privatização, como se percebe pela sua imposição em todos os preços e componentes fixas dos serviços prestados.
5. Estes aumentos são bem a expressão da lógica da maximização do lucro, responsável pelo encarecimento dos serviços prestados, pelo encerramento de fontanários e a sua degradação a que se junta a perseguição a todas as formas de auto-abastecimento visando forçar a sua inclusão no monopólio da empresa e do negócio. De facto, a penalização da captação própria nada tem que ver com preocupações de segurança ou ambientais mas sim com o aumento do lucro e não é aceitável que pessoas que por sua conta instalaram e pagaram sistemas de abastecimento sejam brutalmente penalizadas na tarifa fixa da água, relativamente aos consumidores sem captação própria.
6. O PCP condena de forma inequívoca estes aumentos e promoverá um conjunto de iniciativas contra a sua implementação e pela sua revogação e apela às populações para que lutem e manifestem o seu descontentamento contra mais esta medida que penaliza gravemente todos os covilhanenses, em particular os mais pobres e com menores rendimentos.