Caros Covilhanenses,
Ao decretar o aumento do preço da água e da taxa de recolha, drenagem e tratamento de resíduos, a maioria PSD/Carlos Pinto na Câmara Municipal da Covilhã, mais uma vez demostra uma completa indiferença e mesmo falta de respeito, pelas difíceis condições de vida que hoje afectam as populações do concelho, como resultado de anos e anos de políticas de direita do PSD e do PS – no Governo e na Câmara.
De facto, esta política atinge agora o expoente máximo com o Governo do PS, liderado por José Sócrates – que depois de ter sido eleito deputado pelo nosso distrito, logo rasgou as promessas feitas às populações de melhorar a nossa qualidade de vida.
Em todo o país e particularmente nas regiões do interior, cresce o desemprego, baixam os salários reais e as pensões, diminuem drasticamente os direitos, garantias e condições dos trabalhadores, aumentam muitíssimo os juros dos empréstimos e os preços dos bens essenciais, encerram-se os serviços públicos e torna-se ainda mais difícil o acesso à habitação, à educação, à saúde, à segurança social e à justiça. Daqui resultam prejuízos gravíssimos para a qualidade de vida e os direitos constitucionais dos cidadãos.
Mas ao mesmo tempo crescem desmesuradamente os lucros dos bancos e dos grandes interesses, crescem sem vergonha as grandes fortunas. Com um governo que se diz socialista, Portugal tornou-se hoje o país mais injusto na distribuição da riqueza em toda a União Europeia.
Na Covilhã, depois de tantas zangas e ameaças entre o Presidente da Câmara e o Primeiro Ministro, lá se entenderam num pacto de silêncio e não agressão, e ficou assim ainda mais evidente a semelhança entre as políticas do governo PS/Sócrates e as opções da maioria PSD/Carlos Pinto.
O elevado e injustificável aumento do preço da água - um bem indispensável e insubstituível para a vida das pessoas, mais não visa do que “engordar” a galinha, ou seja, os lucros da Empresa Municipal Águas da Covilhã, para assim a entregarem aos grupos económicos, a troco de uns “patacos”, numa inaceitável negociata privatizadora.
É assim que o PSD/Carlos Pinto afronta os interesses das populações do concelho, que estão contra esta negociata, como demonstraram pessoalmente 6000 Covilhanenses que com a sua assinatura na petição contra a privatização da ADC conseguiram travar o processo de privatização.
O aumento do preço da água agora decidido, no caso do escalão de consumo que envolve maior número de famílias, atinge os 10% - passando de 1,10€ para 1,21€ o m3 - e soma-se ao aumento de 113% do preço da água - mais 18,79€ - registado na Covilhã, entre 2001 e 2007.
O Partido Comunista Português não pode calar a indignação contra um aumento injustificável e inaceitável que põe em causa o acesso de todos os Covilhanenses à ÁGUA - um bem precioso e insubstituível que é de nós todos.
Um bem em que a Serra da Estrela é pródiga, e que há que preservar e administrar com equilíbrio, mas que se impõe defender dos apetites dos grandes negócios.
Caros Covilhanenses,
Perante a gravidade dos factos o PCP considera ser seu indeclinável dever, em defesa dos interesses e do futuro das populações e do nosso concelho, apelar a todos os Covilhanenses para que se juntem a nós.
É imperioso e urgente unir esforços contra o aumento dos preços e a negociata da privatização da água, prosseguindo com determinação a luta para que não nos tirem o que é nosso – o direito à água pública, acessível e de qualidade.
A Covilhã não está à venda!
Não aos escandalosos aumentos do preço da água!
Não à privatização deste bem essencial!
Os Eleitos do PCP na Assembleia Municipal da Covilhã