X AORCB PCP - Empresas e Locais de Trabalho - António Cardoso

X ASSEMBLEIA DE ORGANIZAÇÃO REGIONAL DE CASTELO BRANCO DO PCP

21.MAIO.2016

Com o PCP, luta e confiança por um distrito com futuro!

Camaradas e amigos

O XIX Congresso do Partido caracterizou os eixos centrais da ofensiva contra a classe operária e os trabalhadores e apontou simultaneamente o caminho para lhes fazer frente:

«A ofensiva centra-se em grande medida na redução dos salários e remunerações, no aumento e alargamento do horário de trabalho, na generalização da precariedade, na facilitação e embaratecimento dos despedimentos através do ataque à contratação colectiva, e na fragilização do trabalho face ao capital. Tais objectivos estão concretizados nas alterações à legislação do trabalho dos sectores privado e público. Todas e cada uma das medidas destes planos de aumento da exploração podem ser interrompidas ou travadas em cada empresa e local de trabalho, organizando e mobilizando os trabalhadores para as derrotar e, simultaneamente, para exigir aumentos salariais e melhores condições de vida. Identificar as prioridades de intervenção e dinamizar a luta, tal como está a acontecer em dezenas de empresas, é um caminho essencial. As vitórias já alcançadas demonstram que é necessário e possível derrotar este projecto.»

Uma ofensiva que assumiu nos últimos quatros anos um brutal aceleramento e que teve a resposta dos trabalhadores com o desenvolvimento da luta, que primeiro isolou socialmente o governo PSD/CDS-PP, para depois levar à sua derrota eleitoral e à alteração da correlação de forças.

Um PCP mais implantado e organizado nas empresas e locais de trabalho é condição e garante para a existência de organizações representativas dos trabalhadores mais fortes, em melhores condições de cumprir o seu papel e a acção reivindicativa. Organizações representativas dos trabalhadores mais fortes, mais luta organizada, um PCP mais forte.

No Distrito de Castelo Branco existem ainda concentrações de trabalhadores no sector público e privado que temos de continuar a dar a máxima atenção. São quase 30 mil trabalhadores por contra de outrem sem contar com os mais de 12 mil desempregados. Sectores como o têxtil, metalúrgico e eléctricos, alimentar, saúde e educação, administração local são alvo de procura de estruturação da organização regional que importa e urge consolidar e avançar.

Para além do acompanhamento prioritário por parte de cada uma das organizações concelhias, das estruturas intermédias e dos próprios organismos executivos da DORCB, considera-se importante a constituição de mais organismos e células, no sentido de reforçar a organização e consequente Por isso as linhas de trabalho que hoje estamos a definir são fundamentais tais como:

  • A identificação de empresas e locais de trabalho prioritários pela sua importância e dimensão assim como a dinamização, regularidade e criação de células de empresa ou de sectores
  • A respectiva responsabilização de quadros pelo acompanhamento a células, sectores ou organismos
  • O reforço de medidas de informação e propaganda específicas
  • A transferência de membros do Partido com menos de 55 anos para os ficheiros de empresa e de sectores
  • O aprofundamento e acompanhamento por parte de mais organizações em torno da estruturação e intervenção a partir de empresas/locais de trabalho e sectores
  • Medidas de recrutamento dirigido e para a divulgação e aquisição da imprensa do Partido nas empresas e locais de trabalho

É nas empresas e locais de trabalho que se travam todos os dias as mais exigentes e decisivas lutas e onde se desferem os mais violentos ataques aos trabalhadores, logo é aí que se trava a principal frente de combate.

O reforço do Partido nas empresas e locais de trabalho, a criação e o reforço de células coloca-se, assim, não como mais uma tarefa do colectivo partidário, mas sim a tarefa de todo o Partido.

Viva a luta dos trabalhadores!

Viva a X AORCB!!

Viva o PCP!!!

 António Cardoso, membro do Comité Central do PCP e do Secretariado da DORCB