O PCP através do seu Grupo Parlamentar entregou dia 6 de Janeiro o Plano de Emergência pra o Distrito de Castelo Branco. Na anterior legislatura o PCP apresentou uma proposta de resolução para a criação de um Plano de Emergência para o Distrito de Castelo Branco já que, como então dizíamos, o distrito de Castelo Branco vive uma das piores crises da sua história com consequências muito graves e dramáticas nos planos económico, social, laboral, cultural e ambiental.
Em nossa opinião, a evolução económica e social dos últimos meses não apenas confirmam como acentuam a urgência da adopção de medidas de curtíssimo, médio e longo prazo já que, todos os indicadores económicos e sociais se agravaram.
Perante esta clara evidência, o anterior e actual Governo do PS insistem na tese de que as medidas de pretenso combate à crise por eles adoptados são por si só suficientes para ultrapassar as dificuldades do Distrito. Nada de mais erróneo: em primeiro lugar porque as tais medidas e apoios financeiros anunciados não chegaram ao distrito e se chegaram não são de todo conhecidos já que, também aqui, é flagrante a falta de transparência que só pode ser explicada pela necessidade de esconder os eventuais compadrios na sua concessão; em segundo lugar porque os distritos do interior, como é o caso de Castelo Branco, estão mais fragilizados na sua competitividade perante outros distritos ou regiões mais desenvolvidos o que justifica medidas de discriminação positiva; em terceiro lugar porque para o equilíbrio do todo nacional é fundamental corrigir as actuais assimetrias regionais, apostando em políticas activas de emprego que só serão verdadeiramente sustentáveis se tiverem no aparelho produtivo e no sistema científico e tecnológico o seu elemento estruturante e em quarto lugar porque, mesmo concedendo (e não concedemos) que as medidas do governo eram suficientes os indicadores e os desenvolvimentos mais recentes do Distrito de Castelo Branco aí estão para o desmentir.Consideramos que a Assembleia da República, através dos seus deputados incluindo os eleitos pelo Distrito, não pode rejeitar a ideia de que são urgentes medidas para travar esta situação. O Executivo da DORCB do PCP solidariza-se, ainda com as trabalhadoras da Vesticon que assistem a mais um processo de insolvência perante a passividade de entidades competentes, nomeadamente o anterior e actual Governo. Recordamos que o PCP já em Abril de 2008 alertava para esta situação, tendo apresentado uma pergunta ao Governo, assim como o voltará a fazer agora. O PCP solidariza-se igualmente com as trabalhadoras da Avri que enfrentam um processo de insolvência da empresa.O PCP considera que a resistência e a luta dos trabalhadores e das populações continua a ser o caminho para travar e inverter a política de direita que tem sido seguida e que se reflecte nas condições de vida da grande maioria da população.