O Governo do PS entendeu que estas duras medidas não foram suficientes e anunciou, no mesmo dia em que 70.000 trabalhadores protestavam contra as políticas do Governo, mais um pacote de medidas de austeridade, a incluir no Orçamento de Estado para 2011, que o PCP denuncia como mais um brutal ataque aos direitos dos trabalhadores e que contribuirão para acentuar o caminho de declínio do País.
Esta linha de ataque a direitos e à própria soberania terá como consequências a desvalorização dos salários, o crescimento do desemprego, o aumento generalizado dos preços, tal como o PCP sempre disse, não vai resolver os problemas estruturais com que o país está confrontado. As medidas anunciadas terão consequências muito graves, em particular nas regiões como Castelo Branco. O PCP denúncia que mais uma vez são os trabalhadores, os micro, pequenos e médios empresários e agricultores, os reformados, a juventude os principais visados destas medidas. A coragem que o Governo tanto fala esvai-se no momento de ir buscar receita onde existe o grande capital.
A DORCB do PCP reafirma a sua preocupação com o tecido industrial bastante afectado no Distrito, as crescentes preocupações com a agricultura, o ataque aos serviços públicos, os efeitos do aumento do IVA nomeadamente na região fronteiriça, a redução dos salários num distrito onde a média salarial ronda os 600 euros e em que o SMN tem um forte e crescente peso, a intenção da introdução de portagens nas SCUT que servem a região A23, A25 e A24, o aumento de tarifas como a água, entre muitos outros.
Com a convicção de que outra política é possível, a DORCB do PCP levará a cabo nos próximos meses um conjunto vasto de acções e iniciativas, das quais se destaca a Jornada Parlamentar dos Eurodeputados do PCP no distrito a 26 de Novembro, a campanha “Portugal a Produzir”, a dinamização da campanha Presidencial e o acompanhamento e valorização da luta de massas.
Campanha “Portugal a Produzir”
Esta campanha tem como objectivo apresentar propostas, reafirmar ideias e contactar um conjunto de entidades, empresas, instituições, agricultores e trabalhadores, por forma a tornar cada vez mais claro que existe uma política alternativa que vá ao encontro dos interesses da região e do País, que é possível o desenvolvimento e progresso sem atacar direitos.
Eleições Presidenciais
Para a construção de uma política alternativa as eleições presidenciais assumem uma enorme importância. A DORCB do PCP irá estar profundamente empenhada nesta batalha até Janeiro próximo, dinamizando a candidatura de Francisco Lopes, que estará no Distrito em Novembro, com uma campanha de determinação, confiança e dinâmica, assumindo no discurso e na prática os direitos e aspirações dos trabalhadores e da população como o grande objectivo. Sendo por isso a única candidatura que assume a ruptura e mudança, que defende o interesse nacional, a justiça social, um rumo de desenvolvimento e progresso.
A valorização da Luta de Massas
A DORCB do PCP reafirma a sua solidariedade com os trabalhadores em luta, saudando todos quanto participaram na grande jornada de luta do passado 29 de Setembro, assim como os auxiliares de acção educativa que protestaram em Castelo Branco contra a falta de pessoal auxiliar que afecta todos os agrupamentos de escolas do concelho; os trabalhadores em greve da administração local a 20 de Setembro e as populações em luta na defesa dos serviços públicos. O PCP saúda e solidariza-se com a luta desenvolvida no dia 8 de Outubro contra a intenção de introdução de portagens, considerando que tal como no passado só a luta poderá travar mais este ataque às populações e agentes económicos e sociais do Distrito.
O PCP entende que a luta é o caminho e como em muitas outras situações, falará mais alto a confiança e a determinação, para agir, transformar e avançar na resistência à ofensiva, na defesa dos interesses de classe dos trabalhadores, na luta pela ruptura com a política de direita e por uma política patriótica e de esquerda, no combate à exploração capitalista. Neste sentido o PCP solidariza-se com a convocação da Greve Geral anunciada pela CGTP-IN e apela a todos os trabalhadores para a sua adesão em 24 de Novembro.
DORCB, 8 de Outubro de 2010