A DORCB do PCP saúda todos os trabalhadores do Distrito de Castelo Branco que contribuíram, construíram e aderiram à Greve Geral desenvolvida a 24 de Novembro. Uma Greve Geral, que ao contrário do que o Governo procura fazer passar, teve uma enorme expressão em todo o país, com um carácter transversal, tendo atingido diversos sectores da Administração Pública e Privado, envolvendo mais de 3 milhões de trabalhadores, constituindo uma das mais importantes jornadas de luta realizada em Portugal após o 25 de Abril. Uma vitória sobre a resignação e o conformismo, uma jornada que pela sua dimensão reafirmou o valor maior da luta.
Uma Greve que transmite o enorme descontentamento e contestação dos trabalhadores face às medidas apresentadas pelo Governo do PS com o apoio do PSD, que visam penalizar ainda mais os trabalhadores, aumentando o desemprego, reduzindo salários, cortando prestações sociais e aumentando a pobreza. Uma resposta justa e necessária contra a acumulação escandalosa de lucros dos grandes grupos económicos e financeiros que a pretexto da crise aumentam a exploração.
A DORCB do PCP saúda a CGTP-IN e todos os trabalhadores em Greve e em particular aqueles que mesmo numa condição de precariedade e sujeitos a enormes pressões, em muitos casos jovens que pela primeira vez fizeram uma Greve, numa demonstração clara de coragem e combatividade com o objectivo que é comum a todos – a mudança de políticas.
No Distrito a expressão deste dia de luta fez-se sentir logo a partir das 00.00h de dia 24 com as elevadas adesões em muitos sectores como na adesão dos enfermeiros no Hospital Amato Lusitano, Fundão, HCB, assim como os auxiliares de acção médica e administrativos destes hospitais. As mais de 80 escolas sem aulas no Distrito. O encerramento da CM de Castelo Branco devido à elevada adesão, os níveis de participação em Câmaras Municipais como a de Vila de Rei - 92%, nos serviços externos de Belmonte – 99%, no Sector Operário de Penamacor com 83%, ou Sertã com 84%, o encerramento de extensões da CGD. A participação de cerca de 60% de trabalhadores da Danone em Castelo Branco, de 70% da Paulo de Oliveira, de 57% da Denifer em Castelo Branco ou ainda a adesão de 100% nos Tribunais de Castelo Branco, Fundão e Covilhã, assegurando somente os serviços mínimos, o encerramento do Governo Civil, assim como muitos outros serviços, constituindo uma clara expressão de participação na luta e exigência por parte dos trabalhadores do distrito de Castelo Branco.
A DORCB do PCP considera que por mais voltas que tentem dar aos números o Governo do PS não pode ficar indiferente ao claro e expressivo sinal de protesto que os trabalhadores deram no dia de hoje, como força inequívoca para construir uma mudança de políticas num rumo de progresso, desenvolvimento e de salvaguarda e conquista de direitos laborais.
O PCP esteve ao lado desta Greve Geral porque está com a luta dos trabalhadores, está comprometido com a exigência de aumento dos salários, de desenvolvimento do aparelho produtivo, na aposta no investimento e nos serviços públicos. O PCP esteve e está com a luta dos trabalhadores porque a sua luta é a luta por um país de progresso, de justiça social, por um Portugal soberano e independente.
Renovando o seu compromisso de sempre com esta luta, o PCP reafirma aos trabalhadores e ao povo que podem contar com o PCP.