A DORCB do PCP reuniu no passado dia 21 de Abril, nas vésperas das comemorações de mais um aniversário do 25 de Abril, dia da Liberdade, e do 1º de Maio, dia do trabalhador. As comemorações assumem maior importância num momento em que é desferida uma brutal ofensiva contra as conquistas de Abril. O Pacto de Agressão subscrito pelo PS, PSD e CDS com o FMI, UE e BCE que se traduz na retirada de direitos fundamentais como salários e pensões dignas aos trabalhadores e, ao povo. A DORCB do PCP apela à população do distrito que transforme estes dias em momentos de luta contra o encerramento de empresas como o caso da Cilvet, combatendo os problemas económicos e sociais que acrescem aos já existentes, que se mobilizem para dizer não ao encerramento de serviços judiciais, de saúde e escolares. Que as populações façam destes dias um momento de defesa do poder autárquico hoje existente, não aceitando o encerramento de freguesias. A DORCB do PCP não aceita que se continue com as políticas de destruição dos direitos do povo e dos trabalhadores do nosso distrito, pois estas políticas vão levar ao cada vez mais notável abandono do interior do país.
A DORCB do PCP condena os sucessivos ataques aos direitos dos trabalhadores dos setores público e privado e solidariza-se com as lutas que têm sido desenvolvidas, nomeadamente a Greve Geral do passado dia 22 de Março, das trabalhadoras da Carveste, que atravessam uma difícil situação, dos 200 trabalhadores da Cilvet que lutam contra o processo de encerramento da empresa, dos trabalhadores dos têxteis e lanifícios que, no passado dia 18, se manifestaram na Covilhã.
O PCP mantém a sua preocupação e intervenção na defesa dos serviços públicos, nomeadamente rejeitando e condenando este brutal ataque ao Serviço Nacional de saúde com o aumento escandaloso das taxas moderadoras, com a criminosa redução dos apoios ao transporte de doentes, que no Distrito tem colocado utentes e associações de Bombeiros em sérias dificuldades, o encerramento e redução de serviços, o ataque e desvalorização de carreiras dos profissionais de saúde. Saudamos a luta das populações e dos profissionais, nomeadamente a luta do passado dia 14 que decorreu na Covilhã pela defesa do SNS.
Na educação, o PCP rejeita e condena o disparate da constituição dos Mega Agrupamentos colocando em causa o bom funcionamento das escolas públicas no distrito.
A DORCB do PCP apela, ainda, à luta dos agricultores em defesa da produção nacional e do mundo rural português, nomeadamente na manifestação convocada pela CNA para o próximo dia 4 de Maio.
A eventual aplicação da lei, aprovada pelo PSD e CDS, que prevê a extinção de centenas de freguesias representaria um grave atentado ao poder local democrático, aos interesses das populações e ao desenvolvimento local. O PCP rejeita esta intenção e apela, aos órgãos municipais - Câmaras e Assembleias Municipais, Juntas e Assembleias de Freguesia - que se recusem a serem cúmplices da liquidação de freguesias e interpretem assim a vontade dos largos milhares de cidadãos que se manifestaram em Lisboa a 31 de Março. A DORCB do PCP saúda todos populares e autarcas que se deslocaram do distrito à manifestação em Lisboa, promovida pela ANAFRE no passado dia 31 de Março.
A DORCB do PCP reafirma ainda necessidade de continuar a luta pela defesa das acessibilidades e do transporte ferroviário. O PCP continua a bater-se politicamente na rua e na Assembleia da República pela rejeição das portagens nas SCUT e saúda a luta da Comissões de Utentes e de todos quanto continuam a lutar para a revogação das portagens na A23, A24 e A25. Exigimos a reabertura do troço da linha da Beira Baixa e a manutenção dos transportes rodoviários alternativos entre a Covilhã e a Guarda enquanto as obras não terminarem.
A DORCB do PCP apela aos seus militantes, aos democratas, aos trabalhadores e população do Distrito para que participem nas comemorações do DIA DA LIBERDADE -25 de Abril e do 1º de Maio – DIA DO TRABALHADOR, com a consciência de que os direitos defendem-se, exercendo-se e que no contexto atual é imperativo defender as conquistas de Abril e os direitos de Maio.