Sobre notícias veiculadas, que não correspondem à verdade,
de que o PCP terá dado o aval ao plano de recapitalização da CGD
da responsabilidade do governo, esclarece-se o seguinte:
1 - Tal como foi afirmado em conferência de imprensa no passado dia 17 de
Junho, o PCP não só rejeita a privatização do banco público defendida pelo
PSD e CDS, como rejeita as chantagens e pressões da União Europeia e do
BCE que, a pretexto de recapitalização, querem impor um processo de
reestruturação que signifique privatização de novas áreas, despedimentos,
enfraquecimento e descaracterização da CGD.
2 - A recapitalização e desenvolvimento da Caixa Geral de Depósitos ao
serviço do povo e do País corresponde a uma necessidade estratégica que não
pode nem deve ser alienada. No entanto, qualquer iniciativa de reestruturação
que a pretexto da necessária recapitalização da CGD, aponte para privatização
parcial, despedimentos e desvalorização do papel do banco público, pondo em
causa as condições necessárias e indispensáveis para que a CGD possa
exercer em plenitude o seu papel enquanto instrumento insubstituível numa
política de crédito, captação de poupanças e financiamento da economia,
integrados numa política soberana de desenvolvimento económico e social do
País, não terá o acordo do PCP.
22.06.2016
O Gabinete de Imprensa do PCP