
A concretizar-se o encerramento da maternidade no Distrito de Castelo Branco, significa um retrocesso no investimento público, na melhoria de prestação de cuidados de saúde aos utentes e na melhoria das condições de vida das mulheres e crianças.
Nas declarações da Sra. Governadora Civil de Castelo Branco justificava o encerramento da maternidade com argumentos técnicos, numa tentativa de transferir a responsabilidade para os profissionais de saúde (responsáveis da ARS do Centro, Centro Hospitalar da Cova da Beira e Unidade de Saúde Local de Castelo Branco), como se tratasse simplesmente de uma questão técnica e não de uma opção política do Governo.
O encerramento de uma maternidade é uma decisão unicamente política e vem na sequência de uma opção do Governo de desinvestimento nos serviços públicos. Para o PCP, o Governo deve assumir as responsabilidades desta medida lesiva dos interesses das populações e da região e chama atenção que o encerramento de maternidades não faz parte do programa nem da campanha eleitoral do Partido Socialista.
O encerramento de maternidades vem na sequência da política de direita que do Governo, traduzindo-se na alienação e mercantilização de Serviços Públicos, como são exemplos a saúde, a segurança, o ensino e os correios, abrindo assim, espaço á gula dos grandes grupos económicos em detrimento do interesse público. O PCP repudia esta intenção do Governo, que com pretextos falsos e enganadores pretende continuar uma linha de destruição de serviços públicos.
Ao abrigo do disposto na alínea d) do Artigo 156.º da Constituição da República Portuguesa e em aplicação da alínea d), do n.º 1 do artigo 4.º do Regimento da Assembleia da República, solicitamos ao Governo, que por intermédio do Ministério da Saúde, nos sejam prestados os seguintes esclarecimentos:
1. O Governo vai encerrar uma maternidade no Distrito de Castelo Branco?
2. Quais as fundamentações técnicas e políticas que motivam a perspectiva de encerramento de uma maternidade?
3. O Governo não entende que todos os nascimentos devem ser assistidos numa maternidade, com as condições de saúde?
4. O Governo não entende que a existência de serviços públicos de saúde próximo das populações é essencial para garantir o direito à saúde?
Palácio de São Bento, 29 de Abril de 2010.
Deputada
Paula santos