O PCP considera completamente inaceitável o brutal aumento das taxas e tarifas de água, saneamento e resíduos sólidos decididos pela empresa Águas da Covilhã.
Estes aumentos confirmam, como o PCP sempre alertou, que a privatização e a busca pelo máximo lucro daí resultante, rapidamente se sobreporia às razões de natureza social que a maioria do capital público supostamente deveria assegurar.
Esta é a 1ª factura da privatização. Uma factura que recorde-se já era muito pesada, como demonstra o facto de em 2007, e considerando um consumo de 10m3/mês, Covilhã ser a nona cidade do país mais cara no abastecimento de água e a 16ª no saneamento (Fonte: IRAR).
Os aumentos agora aplicados agravam ainda mais as já difíceis condições de vida dos covilhanenses e em particular, daqueles que desenvolvem uma actividade comercial. Num quadro caracterizado por uma grave crise económica e social esta atitude revela uma manifesta insensibilidade social.
O PCP recorda que fruto do negócio da privatização, os covilhanenses são hoje o elo final de uma cadeia de empresas que têm de sustentar: a ICOVI, empresa criada recentemente, vende a água à empresa Águas da Covilhã, que por sua vez a revende a cada um de nós…O cidadão paga o preço final mais IVA. Isto é inaceitável!
Tal como é totalmente inaceitável que a Câmara e a Águas da Covilhã em vez de explicarem as subidas da taxas e tarifas, algumas delas superiores a 100%, procurem agora sacudir a água do capote.
Finalmente, o PCP condena estes aumentos, exige a sua imediata revisão de acordo com critérios de razoabilidade social bem como os elementos utilizados para a sua determinação, e desafia a Câmara a que divulgue a Acta Nº 8, documento que estabelece a evolução do tarifário acordado no processo de privatização.