Esta reforma da administração local não serve o País.
Não serve porque diminui e espartilha o exercício da cidadania no poder local.
Não serve porque desvirtua o municipalismo e todo o legado histórico-cultural que este tem na sociedade portuguesa, desde os primórdios da nacionalidade.
Não serve porque acaba com a proximidade do cidadão à sua Junta.
Não serve porque vira do avesso o padrão e a matriz democrática da constituição dos órgãos autárquicos.
Não serve porque mata a democracia local.
Não serve porque vai prejudicar Portugal.
Não serve porque apenas se rege pela lógica da diminuição de custos que a Troika impõe e o governo aceita de joelhos.
E, nenhuma reforma, deve e poderá ser feita à luz de candeias… às escuras ou de joelhos!
Intervenção na Assembleia Municipal da Covilhã
A Reforma Administrativa do Poder Local tal como é brevemente escalpelizada no Documento Verde, constitui, no mínimo, um golpe duríssimo ao municipalismo e um ferimento de morte à proximidade. Não se vislumbrando em nenhum parágrafo do documento uma única nota que, como é dito pelos autores, denuncie o “reforço saudável do municipalismo”. Também não se consegue descortinar qual é o tal “futuro que garante” e, claro, se esse futuro garantido pela Troika interessa aos portugueses.