O Executivo da DORCB do PCP saúda a greve dos Enfermeiros que, com a elevada expressão verificada no Distrito de Castelo Branco, revela o profundo descontentamento e a exigência do cumprimento dos seus direitos, nomeadamente na rejeição da discriminação salarial.
O PCP alerta que o ataque aos direitos dos trabalhadores do setor da saúde, onde se incluem os Enfermeiros, nomeadamente com os cortes e congelamentos salariais e a precariedade, traduzem os alvos prioritários dos sucessivos Governos na destruição dos serviços públicos.
O ataque ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), a começar pelos seus profissionais, que vem de longe, ganha hoje especial destaque com o corte dos 4 mil milhões nas funções sociais do estado, em que uma importante fatia será no SNS, merece ser combatido com a defesa doSNS e a valorização dos seus profissionais.
A luta pelas condições de trabalho e dignificação dos Enfermeiros é parte integrante da luta pela defesa do SNS, pelo que o PCP saúda a grande adesão do setor no distrito de Castelo Branco.
Grande resposta dos trabalhadores!
Convocada pelo sindicato mineiro, 90% dos trabalhadores da Mina da Panasqueira aderiram à Greve, contando com mais de 300 trabalhadores. Os trabalhadores reivindicam junto da Beralt, empresa com mais de 2 milhões de euros de lucro em 2012, o aumento do salário e do subsídio de alimentação, a passagem dos trabalhadores contratados a efectivos, a reclassificação dos trabalhadores, a melhoria das condições de higiene, segurança e saúde no trabalho e o recebimento do prémio de produção às 85 toneladas e não às atuais 115.
Os trabalhadores determinados na defesa do caderno reivindicativo, irão continua a luta.
A DORCB do PCP saúda a Luta dos Trabalhadores das Minas da Panasqueira.
Sessão Pública sobre Soberania Alimentar | 11.Março – 10h30 - Escola Profissional do Fundão | Presença de Agostinho Lopes, membro do Comité Central do PCP
O PCP lançou uma campanha nacional centrada na afirmação da política patriótica e de esquerda, e na urgente e indispensável derrota do governo, na ruptura com a política de direita e na rejeição do Pacto de Agressão. Esta campanha tem como eixo central o objectivo de resgatar o país da dependência e da submissão, recuperar para o país o que é do país (os seus recursos, os seus sectores e empresas estratégicas, o seu direito ao crescimento e desenvolvimento económico), devolver aos trabalhadores e ao povo os seus direitos, salários e rendimentos.
A campanha, designada Por uma Política Alternativa, Patriótica e de Esquerda, consistindo num conjunto de acções e iniciativas - comícios, sessões, tribunas públicas, acções de rua - assim como o contacto directo com os trabalhadores e as populações – tem, nesta fase, o seu enfoque nas questões relacionadas com a soberania alimentar.
O sector agro-alimentar nacional é bem a expressão das consequências das políticas de direita agro-rurais e de mercados, definidas e aplicadas em Portugal e na União Europeia nas últimas três décadas e meia, agora amplificadas pela concretização do Pacto de Agressão, traduzidas nomeadamente no elevado nível de dependência agro-alimentar da População do nosso País em relação ao estrangeiro.
Para o PCP é preciso romper com a redução crescente da produção/transformação/comercialização no mercado interno de bens alimentares essenciais e com os défices produtivos – dos cereais às rações, da carne ao leite – e os consequentes défices da balança de pagamentos com o exterior, aspectos que comprometem a Soberania e a Segurança Alimentares de Portugal e do Povo Português.
O DESEMPREGO NO DISTRITO DE CASTELO BRANCO E A IX ASSEMBLEIA DE ORGANIZAÇÃO REGIONAL DE CASTELO BRANCO DO PCP
No quadro da preparação da IX Assembleia de Organização Regional de Castelo Branco do PCP procedemos a uma análise da situação económica e social e constatamos que, em resultado da política do actual governo e da concretização do Pacto de Agressão subscrito por PS, PSD e CDS, se verifica a continuada degradação da situação no distrito, comprometendo a vida de milhares de portugueses, em particular da nossa região, e o futuro do país e das novas gerações.
Este é o resultado de uma intensa ofensiva, em curso acelerado, assente na aplicação do Pacto de Agressão assinado com a troika, na cedência de instrumentos de política económica e orçamental e na alienação da soberania, visando acentuar o domínio do grande capital monopolista, em particular o financeiro, entregando-lhe uma parcela crescente da riqueza produzida e dos recursos do Estado e alienando, através de privatizações, empresas fundamentais para o desenvolvimento económico.
Uma ofensiva traduzida no aumento da exploração sobre o trabalho, através da diminuição dos salários, do aumento da precariedade, da facilitação dos despedimentos, do ataque a direitos fundamentais, mas também na desvalorização das pensões, na diminuição drástica das prestações e apoios sociais e no desmantelamento das restantes funções sociais do Estado.
Uma política que ataca também o próprio regime democrático em vários dos seus alicerces, assumindo particular intensidade a tentativa de destruição do poder local democrático, seja pela restrição da sua autonomia, seja pela crescente asfixia financeira a que estão sujeitas as autarquias.
A IX Assembleia da Organização Regional de Castelo Branco do PCP, vai realizar-se neste cenário, que tem consequências muito graves para o distrito já que é agravado pelo desinvestimento e abandono a que os sucessivos governos PS, PSD e CDS votaram o interior do país, levando no caso do Distrito de Castelo Branco à destruição de parte significativa do aparelho produtivo e à degradação e destruição dos serviços públicos, conduzindo ao êxodo das populações, a uma continuada desertificação humana, degradando as condições económicas e promovendo um desemprego crescente.
A POPULAÇÃO DIMINUI E, MESMO ASSIM, O DESEMPREGO AUMENTA
Uma análise real, verdadeira e sem manipulações aos números, por detrás dos quais estão pessoas concretas, mostra que eles são assustadores. De facto, verifica-se um decréscimo de 38% da população entre 1960 e 2011, sendo que tal decréscimo foi de 12% desde 1981, um período onde o expetável seria o aumento da população, face às condições criadas com a Revolução de Abril, o que só não aconteceu fruto da deliberada política de desertificação do interior que os sucessivos governos conduziram.
É a partir daqui que toda a análise, para ser real, terá de ser feita.
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