Círculo Eleitoral de Castelo Branco
Ana Leitão
52 anos
Professora
Lecciona no 2.º ciclo do Ensino Básico no Agrupamento de Escolas do Fundão.
Foi Membro da Assembleia Municipal de Castelo Branco. Foi 1.ª candidata das listas da CDU à Câmara
Municipal de Castelo Branco nas eleições autárquicas de 2017.
Dirigente do Sindicato dos Professores da Região Centro.
Membro da Comissão Concelhia do PCP de Castelo Branco.
A Comissão Concelhia da Covilhã do Partido Comunista Português, reunida no sábado, dia 8 de Junho, efetuou a análise do processo eleitoral para o parlamento europeu, assim como os seus resultados, a atividade municipal, a preparação e participação na festa do Avante e as eleições legislativas de 6 de Outubro.
1 – A Comissão Concelhia salientou a participação de dezenas de militantes no processo eleitoral concretizando o contato com os trabalhadores nas empresas e com a população em geral, garantindo a presença, o contacto e o esclarecimento em todas as freguesias do concelho.
Sublinhou, ainda, o envolvimento dos militantes nas mesas eleitorais e no acompanhamento do ato eleitoral através dos delegados nomeados.
Quanto aos resultados considerou que os mesmos ficaram aquém do trabalho realizado contribuindo, mesmo assim, para a eleição de dois deputados que irão dar continuidade ao notável trabalho que o PCP desenvolve no Parlamento Europeu em defesa dos trabalhadores, do povo e do País.
Os resultados obtidos pela CDU no concelho são o reflexo de um quadro nacional de desvalorização do trabalho dos deputados da CDU, de animação de preconceitos, de uma campanha anti comunista levada a cabo por alguns órgãos da comunicação social baseada na mentira e na calúnia, acompanhada pela promoção de outros, por via do tratamento de imagem, do comentário e opinião sempre elogiosos e sobrevalorizados.
2 – Ao nível da atividade municipal salientou-se a inoperacionalidade da Câmara Municipal no desenvolvimento das ações necessárias à prevenção dos incêndios florestais nomeadamente através da limpeza de valetas e taludes das vias municipais, (mantendo, por exemplo, nos Cambões, anexa da freguesia de S. Jorge da Beira, resíduos florestais na valeta há mais de dois anos) assim como das respetivas faixas de proteção e das cumeadas entre todas as freguesias do concelho. A Câmara Municipal da Covilhã não está a cumprir com as suas obrigações legais colocando em risco as populações.
A Comissão Concelhia, através dos eleitos do PCP na Assembleia Municipal, irá exigir explicações quanto ao facto de ainda não se ter implementado o passe único nos transportes públicos do concelho, medida que deveria ter sido implementada em 15 de Maio.
Reafirmou-se a necessidade de se ir além da redução do custo dos passes, posição já defendida pelos eleitos do PCP na Assembleia Municipal no sentido da criação do passe único (à semelhança das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto) utilizável em todos os operadores de transportes no concelho da Covilhã.
3 – A Comissão Concelhia decidiu, ainda, realizar plenários de militantes no Sábado, dia 15 de Junho, no Tortosendo às 15h e na Covilhã às 17h, nos centros de trabalho do PCP, para análise dos resultados e preparação das eleições para a Assembleia da República.
Covilhã, 8 de Junho de 2019
A Comissão Concelhia do PCP
Face à publicação, pelo Ministério do Ambiente e da Transição Energética, de um aviso que atribui direitos de prospeção e pesquisa de depósitos minerais, em vários concelhos da região, à empresa Fortescue Metals Group Exploration Pty Ltd, o Partido Comunista Português, através do seu secretariado da direção regional de Castelo Branco, reunido em 17 de Maio, vem reafirmar as suas posições, nomeadamente que:
1. Numa visão patriótica e de esquerda as reservas minerais podem e devem contribuir para o desenvolvimento do país. O país não pode, à partida, rejeitar a necessidade de conhecer e ponderar o aproveitamento dos seus recursos geológicos e minerais. No entanto, deve exigir a garantia que a prospecção e exploração dos recursos minerais não se realize numa lógica tipo colonial que visa apenas a apropriação de matérias-primas sem o devido retorno para o País e sem a salvaguarda das necessidades ambientais e sociais com vista a um desenvolvimento sustentável.
Face à maior disputa económica, política e geoestratégica, face à finitude de recursos, uma política patriótica e de esquerda não é compatível com mecanismos de mercantilização da Natureza e dos recursos e com processos de natureza colonial que visam apropriação de matérias-primas por grandes grupos económicos.
2. É preciso estudar, avaliar, ponderar! Estudar a viabilidade da sua exploração comercial e os potenciais benefícios. Avaliar os riscos ambientais e a possibilidade de os minimizar. Ponderar os impactos noutras atividades económicas. Só com esse estudo, essa avaliação e essa ponderação é que o país estará em condições para, de forma esclarecida, tomar uma decisão.
Os interesses nacionais não podem ser comprometidos junto de qualquer empresa, pelo que o PCP considera que qualquer processo com vista à atribuição de contrato de concessão de exploração mineira deve ser garantir que sejam realizados os necessários estudos de impacto ambiental e económico e da promoção do amplo debate público, disponibilizando toda a informação. O que, em processos recentes, não tem sido garantido.
3. Para o PCP é imprescindível garantir todas as medidas adequadas para a recuperação do controlo público sobre a prospecção e exploração de recursos geológicos e minerais, assim como para o desenvolvimento das capacidades técnicas e científicas neste sector. Na medida em que, a prospecção e exploração por empresas privadas e grupos económicos não garantem totalmente a salvaguarda dos interesses do país, do ponto de vista económico, social e ambiental.
4. A posição do PS e da Câmara Municipal da Covilhã não é clara nem objetiva. Está contra a exploração, junto das populações, mas permite e admite a prospeção de 222 km2 do seu território e a exploração experimental na serra da Argemela perante as empresas e decisões da tutela.
A DORCB do PCP