O PCP saúda o 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, assim como as lutas dos trabalhadores portugueses que respondendo ao apelo da CGTP - IN, saíram à rua sob o lema " Avançar pela Mudança - Defender, Repor e Conquistar Direitos!"
Jerónimo de Sousa, que participou na manifestação realizada em Lisboa, sublinhou que a nova situação política não vem travar ou esmorecer a luta e neste sentido este "Maio de luta é também um Maio de celebração e de confiança no futuro".
Destinatário: Min. do Trabalho e Segurança Social
Exmo. Senhor Presidente da Assembleia da República
O Centro de Acolhimento Casa da Tapada da Renda, em Louriçal do Campo, no distrito de Castelo Branco foi privatizado. O anterior governo PSD/CDS entregou a gestão deste equipamento social sob a tutela da Segurança Social para uma IPSS do distrito da Guarda, a Associação de Desenvolvimento e Melhoramentos Estrela (ADM Estrela).
Na altura, o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas manifestou preocupações quanto à manutenção dos 25 postos de trabalho, tendo inclusivamente afirmado que o acordo de cedência refere que, "para além de deixarem de ter funções próprias, os trabalhadores só lá ficam um ano e depois são largados à sua sorte, ou seja, ficam sem trabalho”.
Miguel Viegas, deputado do PCP no Parlamento Europeu, esteve na passada sexta-feira (dia 8) de visita ao distrito de Castelo Branco. A manhã foi dedicada às questões do aparelho produtivo e em particular da agricultura, e a parte da tarde dedicada às questões ambientais.
Esta visita insere-se numa prática habitual dos eleitos do PCP, onde o contacto com as realidades locais assume sempre uma enorme prioridade. Desta forma, Miguel Viegas, acompanhado de eleitos locais e dirigentes do PCP, reuniu de manhã com dirigentes da Adega Cooperativa do Fundão e da Cooperativa de Olivicultores do Fundão. Em ambas as reuniões, ficou bem patente o atraso na aplicação dos fundos europeus destinados a apoiar investimentos fundamentais para ambas as estruturas, para além da necessidade de dar mais apoios ao setor cooperativo. Pela parte do PCP, o setor cooperativo é fundamental para a economia e para a pequena e média agricultura familiar. Neste sentido, muitas têm sido as propostas legislativas destinadas a apoiar este setor, seja em sede fiscal seja em apoios específicos ao seu funcionamento. Um aspeto final que deverá continuar a merecer uma intervenção do PCP passa pelo controlo das importações e de todas as restantes atividades ilícitas que constituem uma concorrência desleal intolerável e que não está a ser devidamente assegurada pelo estado por falta de meios.
Durante a tarde, a delegação do PCP reuniu, em Vila Velha de Ródão, com a associação ambientalista Quercus, à qual se seguiu uma ação de contato com a população e distribuição de um documento alusivo à visita. Para o PCP, é possível e necessário defender o aparelho produtivo, os postos de trabalho e simultaneamente garantir o respeito pela legislação ambiental. O Tejo e a sua bacia hidrográfica representa um enorme potencial económico e ambiental, mas que tem sido vítima de um conjunto de atentados que não se circunscrevem ao concelho de Vila Velha de Ródão. Importa por isso uma abordagem abrangente, que identifique os focos de poluição e obrigue ao tratamento dos respetivos efluentes, sejam eles líquidos ou gasosos. A qualidade e quantidade de água que vem de Espanha merece igualmente uma enorme preocupação do PCP, sobretudo quanto se sabe que as estações de controlo dos caudais que existem junto à fronteira estão alegadamente sem funcionar desde 2011. O próprio parque natural do Tejo internacional apenas dispõe de dois vigilantes. Estes e outros temos deverão merecer intervenção do PCP seja no Parlamento Europeu, seja na Assembleia da República.
O dia terminou na Covilhã com um debate inserido nas comemorações dos 40 anos da Constituição da República que o PCP tem vindo a assinalar em todo o país. O tema do debate, Soberania Nacional e desenvolvimento, serviu para debater a situação política e recordar a atualidade do texto constitucional aprovado em Abril de 1976.