Destinatário: Min. do Ambiente
Exmo. Senhor Presidente da Assembleia da República
O Grupo Parlamentar do PCP teve conhecimento de que na Herdade da Cubeira, na zona dos Alares/Rosmaninhal, antigo Posto da Guarda Fiscal e Observatórios de Aves, está-se a construir vedações com dois metros de altura. As vedações cortam caminhos, em particular o acesso à foz do Aravil (Tejo) impedindo a utilização de percursos pedestres indicados pelo próprio Parque Natural do Tejo Internacional, nomeadamente o acesso ao Observatório de Aves do Alares.
Simultaneamente está-se a espalhar comida para atrair animais para dentro da futura vedação.
Foi-nos ainda transmitido que estão também a ser efetuadas diversas mobilizações de solo na zona, incluindo a abertura de novos caminhos. Junto às vedações encontram-se placas de reserva de caça turística sem o número de processo.
Ao abrigo das disposições legais e regimentais aplicáveis, solicitamos ao Governo que por intermédio do Ministério do Ambiente, nos sejam prestados os seguintes esclarecimentos:
1. Os serviços da Administração Central responsáveis pelo Parque Natural do Tejo Internacional têm conhecimento desta situação?
2.Em caso afirmativo, há autorização para estas intervenções e qual a razão para o seu deferimento? Quais os objetivos e o que se pretende ao certo com as intervenções que se
estão a realizar no Parque Natural do Tejo Internacional?
3.Como pretende o Governo garantir o usufruto desta área protegida, em particular nas áreas de proprietários provados e aos percursos pedestres sugeridos inclusivamente pela gestão desta área protegida?
Palácio de São Bento, 19 de janeiro de 2018
Deputado(a)s
PAULA SANTOS(PCP)
Exmo. Senhor Presidente da Assembleia da República
Chegou ao conhecimento do Grupo Parlamentar do PCP, através do Sindicato dos Trabalhadores do Sector Têxtil da Beira Baixa, que a empresa de Confeções Lanifato, no
concelho de Belmonte, desrespeita grosseiramente os direitos dos trabalhadores e exercendo sobre estes uma inaceitável pressão e chantagem.
Segundo o Sindicato, os atropelos da Administração da Lanifato, entre outros, são:
«- controla as idas à água e à casa de banho dos trabalhadores (Afixa no quadro da empresa quantas vezes e entre que horas o podem fazer);
- Recorre constantemente ao trabalho suplementar – trabalho gratuito”, faz chantagem com os trabalhadores e ameaça com processos disciplinares;
- Não paga uma única hora de “trabalho suplementar”;
- Paga o salário sempre depois do dia 10 de cada mês;
- Não actualiza os salários de acordo com as categorias profissionais;
- (…) utiliza os Tikets como forma de discriminar os trabalhadores, retendo Tickets aos trabalhadores que não fazem horas à tarde;
- Discrimina os trabalhadores, fazendo o pagamento em datas diferentes;
- Inventou férias volantes, no mapa de férias de 2017, colocou dias fixos e dias volantes, é certo que aqueles trabalhadores nunca têm a certeza de quando vão gozar férias, pois a empresa altera férias constantemente;
- Pagamento dos subsídios: retém os subsídios aos trabalhadores que não obedecem;
- Aos trabalhadores que ficam a fazer horas no final do dia, e que supostamente ficam com essas horas para tirar quando necessitarem, quando solicitam essas horas, a empresa não permite que as gozem e pede justificação para que as trabalhadoras justifiquem a ausência;
- Tudo serve para instaurar processos disciplinares e para colocar de “castigo” às trabalhadoras em casa de suspensão sem vencimento;
- Chama os trabalhadores para uma sala (sozinhos), para fazer pressão e ameaça-os. Em determinadas alturas faz-se acompanhar pela advogada da empresa nestas pressões;
- Vários trabalhadores com depressão que referem que não aguentam a pressão;
- Desrespeito completo pela actividade sindical.»
PCP solidário com os trabalhadores da Thyssenkrupp elevadores em Castelo Branco que estiveram em Greve no passado dia 7 de Dezembro, para exigir garantia do emprego e aumentos salariais assim como para contestar o recurso ilegal ao localizador de viaturas e a degradação do serviço Thyssen Mais.
Pela sua dimensão e pelas suas características, o Rio Tejo assume uma enorme importância no nosso país no domínio ambiental, económico, social e cultural, que afeta cerca de três milhões de habitantes.
Ao longo do extenso território que percorre está sujeito a diversas pressões (decorrentes das várias infraestruturas existentes e das atividades que são realizadas na sua proximidade) que condicionam a qualidade das massas de água.
As populações, as associações e as autarquias têm alertado para os inúmeros problemas existentes no Rio Tejo, nomeadamente a inexistência de caudais ecológicos, a poluição, os obstáculos à conectividade fluvial, a erosão das margens e o assoreamento. Problemas que limitam e, em alguns casos, impedem o desenvolvimento de atividades económicas tradicionais, o usufruto do Tejo no plano ambiental, cultural, desportivo e do lazer - importante para as comunidades residentes junto do rio - e não permitem aproveitar em toda a sua plenitude as potencialidades de desenvolvimento local que o Tejo proporciona.