A Direção da Organização Regional de Castelo Branco (DORCB) do PCP, reunida a 22 de Fevereiro de 2025, na Covilhã debruçou-se sobre a situação política e social, o reforço do Partido, os Transportes e acessibilidades no distrito de Castelo Branco.
Em primeiro lugar a DORCB do PCP saúda a luta da população da Covilhã contra o aumento do preço dos transportes públicos urbanos e salienta a solidariedade e participação dos comunistas nesta luta que obrigou a autarquia a recuar, na área da cidade.
Lembra, porém, que a situação no que diz respeito à restante área do Concelho da Covilhã, da responsabilidade da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE), o aumento de 20% se mantém e o preço que os utentes dos transportes têm de pagar é absolutamente insustentável.
Mas os problemas que o Distrito vive, em termos de transportes públicos, vai muito para além dos preços. De facto, o sistema de transportes inter e intra concelhios, para além de ser caro, é insuficiente, desarticulado e não responde às necessidades das populações. Assim, as populações têm de recorrer ao transporte individual e as freguesias rurais desertificam-se.
Tal como vimos a exigir, para que seja possível conter e reverter a desertificação dos nossos territórios é urgente que se aposte num transporte público adequado, eficiente e flexível e acessível.
A DORCB considera inadmissível, por exemplo, que dez anos depois de a CIMBSE ter apresentado o “Plano de Ação de Mobilidade Urbana Sustentável – PAMUS” em que um dos objetivos era “Promover a existência de serviços de transporte público de qualidade e adequados à procura”, nada, na prática tenha sido feito.
Anuncia-se agora, que se aproximam eleições, a promessa do lançamento do “metro de superfície” entre a Covilhã e o Fundão, para “começar a funcionar até ao Verão”.
A este propósito a DORCB lembra que há muito defende a criação de ligações ferroviárias regulares, rápidas e frequentes entre Castelo Branco e Guarda, que corretamente implementada, poderia contribuir para potenciar sinergias entre todos os concelhos do eixo urbano Castelo Branco, Fundão, Covilhã, Belmonte e Guarda.
Mas, a DORCB lembra que tal iniciativa só terá sucesso se esta ligação ferroviária der resposta adequada às reais necessidades e se interligar com os restantes sistemas de transportes públicos, o que implica a sua completa reformulação.
Finalmente a DORCB saúda o fim das portagens na A23, a luta das populações e da Plataforma pela Reposição das SCUTS, e destaca a intervenção ativa do PCP aos mais diversos níveis, que muito contribuiu para esta vitória das populações. O PCP apresentou várias propostas de abolição das portagens na Assembleia da República que foram rejeitadas por PS ou PSD.
Lembramos a urgência da concretização de outras ligações, nomeadamente do IC6, com túnel em Alvoaça, e do IC31, com perfil de Autoestrada e sem portagens, a requalificação do IC8, aprovado na Assembleia da República por proposta do PCP, vias fundamentais para atenuar o isolamento do distrito e combater os efeitos da interioridade.